Universidade Federal de Minas Gerais

Inclusão e visibilidade dão o tom de atividades na Praça da Liberdade

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015, às 11h32

a%E7%E3o%20inclusiva.JPG Realizada nesta quinta-feira, 12, a oficina Ação inclusiva instou alunos e pessoas que circulavam pela Praça da Liberdade a refletirem sobre a acessibilidade. A professora e ativista Liliane Arouca, que teve esclerose múltipla e é cadeirante há quase dez anos, destacou a falta de representatividade dos deficientes na mídia e a importância de incluí-los na esfera pública.

“Precisamos sair da invisibilidade. Por isso, a necessidade de discutir os acessos dos espaços, já que muitas vezes o dito ‘acessível’ não é de fato acessível para alguns deficientes. Então é preciso que engenheiros e arquitetos construam esses locais orientados por quem vai utilizá-los”, defendeu Liliane.

Em uma das atividades da oficina, os participantes realizaram uma intervenção no entorno do Espaço do Conhecimento [foto de Silvia Dalben/divulgação]. Quatro cadeiras de rodas foram disponibilizadas, e as pessoas foram estimuladas a viver a experiência de se valerem delas para se deslocar. Nesse passeio, os participantes se revezaram e fixaram adesivos nos locais onde havia dificuldade de locomoção para deficientes motores e visuais.

A estudante de artes visuais Ingrid Sá Lee andou com a cadeira e conduziu outra aluna. “Sou deficiente auditiva, e meu irmão é autista. Por isso, depois que eu terminar o bacharelado, pretendo fazer licenciatura para trabalhar a inclusão nas escolas, sejam elas especiais ou não”.

A oficina também teve a participação da cadeirante Lupércia, com sua mãe Maria José, e de Liliane, que é surda. Maria José falou sobre a dificuldade enfrentada para que sua filha estudasse. “Fomos caminhando aos poucos. Primeiro, ela foi para uma escola especial e depois para uma regular. Na regular, tivemos muito trabalho, mas com o tempo fizeram rampas para acesso e adaptação dos banheiros. Algumas coisas já melhoraram, mas ainda falta muito”.

Itinerários acessíveis
Liliane também participou de outra atividade sobre acessibilidade, mas como aluna. Na oficina Este museu é acessível?, ministrada por Gabriel Cândido Carneiro, estudante de Museologia, a proposta foi conhecer alguns museus do Circuito Cultural Praça da Liberdade, observando as principais deficiências desses espaços no que diz respeito à acessibilidade.

“Estamos propondo um itinerário acessível. Chegamos a uma ideia de exposição, escolhemos uma coleção de mineralogia, preparamos os materiais em braile e libras e gerenciamos as montagens das mídias que vão receber o acervo. Amanhã, [sexta-feira, 13] teremos uma exposição acessível completamente montada”, conta Gabriel Carneiro, acrescentando que a principal dificuldade é que os museus valem-se muito do sentido da visão em suas exposições, explorando menos o olfato, o paladar, o tato e a audição.

Histórias bordadas
“Aristeu mora no bairro Nacional e plantou três palmeiras na praça.” “Ana limpa o coreto. Varre a praça. Vem lá de Ibirité. Tenho quatro filhos que são a minha vida.” “Flávio, mais conhecido como Cascão. Vinte e cinco anos que moro na praça dormindo no Coreto. A vida é uma caixinha de surpresas.” Essas e outras histórias de moradores de rua e profissionais que atuam na manutenção da cidade foram bordadas em uma toalha, durante os três dias da oficina Descobrindo e costurando relações na Praça da Liberdade.

Ministrada pela artista plástica e educadora Thereza Portes, a atividade agregou novos participantes a cada dia. A aposentada Maria do Carmo acabou se interessando pelo exercício que era realizado ao lado do ponto de ônibus. “Fui devolver alguns livros na biblioteca, passei pela toalha e perguntei o que era. Há muitos anos que não bordo e decidi ficar”, relatou.

Para finalizar a atividade, uma mesa de café foi oferecida a pessoas que trabalham e transitam pela região e quase nunca são notadas. Confraternizaram professores, participantes das outras oficinas e aqueles que tiveram suas histórias narradas na toalha. Seu Aristeu e seu Adão, que também ajudou a plantar as palmeiras, foram à praça só para o evento, orgulhosos de seus nomes bordados. “Trabalho aqui tem 25 anos. Vim para tomar um café, comer um biscoito. Está uma delícia”, elogiou Adão.

Silvia Dalben/divulgação
cafe%20e%20bordado.JPGTrabalhadores da região se confraternizaram em torno de uma mesa de café montada na rua

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