A Cia. de Intérpretes Independentes, de Manaus, apresenta nos dias 12 (às 19h30) e 13 de março (às 12h30), na Escola de Belas Artes, o espetáculo A vida começa pela memória. A programação do grupo na UFMG inclui atividades de formação. O espetáculo é resultado de mais de dez anos de investigações do encenador e médico Ricardo Risuenho, que também está em cena. Na trama, dois personagens (interpretados por Anna Raphaella Costa e Risuenho) são envoltos por uma rede de pesca – uma "rede de lembranças" – na qual projetam memórias corporais ao mesmo tempo particulares e universais num ambiente de suspensão e sonho. A estética cenográfica é inspirada na obra do fotógrafo tcheco Jan Saudek. Com forte pesquisa sobre a dança contemporânea, a companhia não trabalha com coreografia, termo que não reflete a extensão das experimentações. "Trabalho com texto de movimento, que facilita o discurso da cena", explica Risuenho. A vida começa pela memória, com duração de 45 minutos e classificação etária de 16 anos, terá entrada gratuita nas duas apresentações. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones 3409-5385 9225-0840 . Programação 14 de março (sábado) A companhia É dirigida por Ricardo Risuenho, encenador coreográfico que trabalha com a expressão da dança contemporânea. Paraense residente em Manaus há 12 anos, ele realiza investigações teóricas e práticas e trabalha pela difusão desse conhecimento. O repertório da companhia é constituído por 13 espetáculos que abordam produções com temáticas diversas, como o universo feminino nas obras de Shakespeare (Mulheres de Macbeth), a vida em comunidades ribeirinhas (Ilha da ira) e pesquisas de dança teatro para a rua (Homem de barro e ZÉ). A Companhia de Intérpretes Independentes, que aborda temáticas transversais nas diversas áreas do conhecimento, centra seu trabalho na divulgação do potencial da cultura regional retratado com enfoque contemporâneo na concepção de seus espetáculos. Tem realizado encenações pelo Brasil, contribuindo para a formação técnica, processos de criação e pesquisas de caráter teórico e pragmático e fortalecendo aspectos sociais, artísticos e culturais da região amazônica no cenário nacional. A Cia. de Intérpretes Independentes foi contemplada com o Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna em cinco edições, com o Prêmio Funarte Artes na Rua (Circo, Dança e Teatro) e com o Prêmio de Apoio às Artes (Proarte) do governo do Amazonas.
12 de março (quinta)
14h30 - Palestra No volver dos braços da criação – reflexões sobre os processos de criação e a pesquisa de movimento de Cia de Intérpretes Independentes
Auditório da Escola de Belas Artes
19h30 - Espetáculo A vida começa pela memória
Auditório da Escola de Belas Artes
13 de março (sexta)
12h30 - Espetáculo A vida começa pela memória
Auditório da EBA
19h30 - Mesa-redonda Processo de criação: dança x cenografia, iluminação e figurino
Ricardo Risuenho, Anna Rafaela, Arnaldo Alvarenga e convidados
Auditório da EBA
14h às 18h - Atividade: Técnica MMS (Técnica dos Membros Superiores)
Sala Preta
A Companhia de Intérpretes Independentes surgiu em 2003 a partir de processo de pesquisa sobre o movimento dos membros superiores, que caracterizaria seu percurso nesses nove anos de existência, fornecendo a ela uma linguagem estética específica.