O professor Yurij Castelfranchi, do Departamento de Sociologia e Antropologia da Fafich e coordenador do Observatório InCiTe (Inovação, Cidadania, Tecnociência), integra a equipe vencedora do Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia, categoria Integração, que neste ano focalizou o tema Popularização da ciência. A premiação será entregue no dia 17 de junho, em solenidade no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O projeto de pesquisa Monitoramento, capacitação e aprimoramento em jornalismo científico em países do Mercosul foi criado com o objetivo de aprimorar a prática de jornalismo científico no escopo da linha Mídias sociais e outros instrumentos do concurso. Coordenada pelo Núcleo de Estudos da Divulgação Científica, do Museu da Vida/Casa de Oswaldo Cruz, da Fiocruz, o projeto reuniu pesquisadores e jornalistas de 14 instituições da Argentina, Bolívia, Colômbia, Venezuela, Espanha, Cuba, Brasil, Equador, México e Portugal. De acordo com o professor Yurij Castelfranchi, trata-se de “projeto bastante ambicioso”, tanto no que se refere a monitoramento e pesquisa quanto à formação de profissionais em diversos países. O projeto foi levado a cabo por uma equipe multinacional de pesquisadores, divulgadores e jornalistas. “Organizamos, ao longo do período do projeto, encontros e workshops em muitos países da América Latina, dando prioridade para regiões em que ainda não havia cursos de formação para divulgação científica e jornalismo científico ou que não tinham ainda uma comunidade estabelecida de comunicadores da C&T”, explica. Com base no diagnóstico observado na etapa de pesquisa e contando com a experiência prática da equipe, informa o professor, foram realizadas capacitações em cinco países do Mercosul (Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador e Venezuela), para cerca de 500 profissionais – jornalistas, cientistas, comunicadores da ciência – e estudantes universitários. Também foram oferecidas capacitações em quatro países da América Central – Honduras, Guatemala, El Salvador e Nicarágua –, “região que possui baixo acesso a esse tipo de capacitação”, observa o professor da UFMG. “Produzimos, ainda, três livros, com artigos escritos pelos membros da equipe sobre temas de suas pesquisas”, acrescenta Yurij Castelfranchi, informando que o protocolo de investigação, seu processo de desenvolvimento e os livros foram disponibilizados gratuitamente na Internet, “para jornalistas, cientistas, estudantes e pesquisadores interessados em realizar estudos similares aos nossos”. Ele conclui que “tais resultados foram possíveis por envolver um esforço sinergístico de instituições, pesquisadores e profissionais de distintos países do Mercosul”. Equipe O Prêmio A premiação é organizada pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação e pelo CNPq, com apoio institucional da Unesco e patrocínio da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Tendo como autora principal a pesquisadora Luisa Medeiros Massarani, do Núcleo de Estudos da Divulgação Cientifica (Fiocruz), a equipe foi formada por Acianela Montes de Oca (Universidad Católica Andrés Bello, Venezuela), Ana María Vara (Universidad Nacional de San Martín, Argentina), Daniel Hermelin Bravo (Universidad Eafit, Colômbia), Ildeu de Castro Moreira (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Maria del Carmen Cevallos (Pontificia Universidad Católica del Ecuador, Equador), Marina Ramalho e Silva (Núcleo de Estudos da Divulgação Cientifica, Museu da Vida, Casa de Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz), Tania Arboleda (Observatorio Colombiano de Ciencia y Tecnología, Colômbia) e Yurij Castelfranchi (UFMG).
A iniciativa tem o objetivo de premiar os trabalhos que possam contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico dos países membros e associados ao Mercosul, incentivar a realização de pesquisa científica, tecnológica e a inovação no bloco e contribuir para o processo de integração regional.