O professores da UFMG José Israel Vargas, Ângelo Barbosa Machado e Clélio Campolina Diniz receberam na noite de ontem, em Belo Horizonte, o prêmio Bom Exemplo, edição 2015. Vargas, da área das ciências físicas, recebeu homenagem especial. Machado (ciências biológicas) foi agraciado na categoria Ciência, e Campolina (ciências econômicas, reitor na gestão 2010-2014), na categoria Economia e desenvolvimento de Minas. Além das categorias em que foram reconhecidos os professores da UFMG, o Bom Exemplo valoriza ações e trajetórias em cidadania, cultura, educação, esporte, inovação e meio ambiente e destaca a personalidade do ano. A iniciativa é uma parceria entre TV Globo Minas, Fundação Dom Cabral, Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) e jornal O Tempo. Saiba mais no site do prêmio. Vargas participou da construção do Centro de Estudos Nucleares de Grenoble, na França, foi secretário de Ciência e Tecnologia de Minas Gerais e duas vezes ministro de Ciência e Tecnologia. Ocupou o cargo de vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências entre 1981 e 1995 e foi embaixador da Unesco, onde é delegado permanente. O pesquisador mineiro foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico e a Grã-Cruz da Ordem do Mérito do Rio Branco. Foi condecorado também pelos governos da França, do Senegal e de Portugal. Na UFMG, recebeu em 2000 a Medalha de Honra Ex-aluno Destaque, por indicação do reitor à época, Francisco César de Sá Barreto. O professor emérito também escreve livros e peças de teatro para crianças – são mais de 30 obras infantojuvenis publicadas. Escreveu também peças teatrais para adultos. Machado é membro da Academia Mineira de Letras. Como ambientalista, participou dos principais movimentos pela conservação da natureza e preservação de espécies ameaçadas de extinção no Brasil. É presidente da Fundação Biodiversitas, da qual também é fundador. Sua pesquisa se concentra nos campos da economia regional, desenvolvimento econômico, economia da tecnologia, economia brasileira e economia de Minas Gerais. Publicou mais de 100 trabalhos no Brasil e no exterior. Reitor da UFMG na gestão 2010-2014, recentemente foi ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação.
José Israel Vargas
Bacharel e licenciado em Química pela UFMG, em 1952, José Israel Vargas [em foto de Glaucia Rodrigues/Pesquisa Fapesp] tornou-se Ph.D pela Universidade de Cambridge, sete anos depois. Dirigiu o Instituto de Pesquisas Radioativas da UFMG, em 1962, e atuou como professor catedrático da Universidade. Pesquisou principalmente as consequências físico-químicas das transformações nucleares nos sólidos, as interações hiperfinas pelas correlações angulares perturbadas e efeito Mössbauer e a modelagem matemática de sistemas econômico-sociais, particularmente os tecnológicos. Dedicou-se ainda às políticas científica, de meio ambiente e de planejamento energético.
Ângelo Machado
Médico de formação, Ângelo Machado [foto de Foca lisboa/UFMG] se dedicou ao ensino e à pesquisa. Atuou no Departamento de Anatomia da Faculdade de Medicina e, depois de aposentado, ingressou por concurso no Departamento de Zoologia, onde realiza pesquisas nas áreas de taxonomia de libélulas e espécies ameaçadas de extinção.
Clélio Campolina
Doutor em Ciência Econômica pela Unicamp e pós-doutor pela University of Rutgers (EUA), Campolina [foto de Foca Lisboa/UFMG] é professor aposentado da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG (Face) e do Cedeplar. Dirigiu a unidade e o Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC), foi coordenador da área de economia da Capes e presidente da Câmara de Ciências Sociais Aplicadas da Fapemig.