Universidade Federal de Minas Gerais

Eduardo Eckenfels
IMG_3555%20TFHP2.jpg
Low pressure, videoinstalação de Eder Santos

Exposição na Casa do Baile com curadoria de Phillipe Dubois vai até dia 7

terça-feira, 19 de maio de 2015, às 7h11

Centrada na obra do artista plástico colombiano Oscar Muñoz, a exposição As transparências líquidas da Imagem pode ser vista até 7 de junho, na Casa do Baile, espaço que integra o conjunto arquitetônico da Pampulha.

A mostra tem curadoria do professor e pesquisador belga Phillipe Dubois, da Universidade Paris 3 - Sorbonne Nouvelle, que participou do Programa de Cátedras Francesas na UFMG, por meio do qual cumpriu extensa agenda de atividades na Universidade nos últimos seis meses, como dois cursos e duas conferências abertas à comunidade, além de ter orientado alunos de mestrado e doutorado na Escola de Belas-Artes (EBA).

Além dos trabalhos de Muñoz, a exposição contém obras dos brasileiros Eder Santos, Elisa Campos e Renato Gaia, que apresentam videoinstalações noturnas e objetos, ocupando o espaço externo da Casa do Baile.

Reconhecido no cenário internacional por criar imagens fluidas, instáveis e frágeis, Oscar Muñoz se dedica à utilização de dispositivos singulares de desmaterialização da imagem fotográfica, gráfica e em vídeo, nas quais a transparência é característica recorrente.

Constituída no fluxo entre as qualidades espaciais, arquitetônicas e imagéticas naturalmente proporcionadas pelo edifício projetado por Oscar Niemeyer e sua paisagem circundante, a exposição conta, ainda, com a projeção de 70 extratos de filmes focalizando 12 temas relacionados ao universo conceitual definido pelo curador, alternados com vídeos de artistas brasileiros como Cao Guimarães, Milena Travassos, Wagner Morales e Alexandre Veras.

“Nesses recortes, ele localizou referências à água, aos reflexos, às sombras que se conectam ao conceito da exposição. Há filmes mais antigos como ‘Nosferatu’, de 1992, e outros mais recentes, como Minority report, de Spielberg, de 2002”, exemplifica Elisa Campos, professora da Escola de Belas-Artes e também uma das organizadoras da exposição.

Aberta ao público desde novembro do ano passado, a mostra marca a despedida de Dubois do país.