A segurança no campus Pampulha e nos outros espaços da UFMG é pauta prioritária da gestão da Universidade, garantiu o reitor Jaime Ramírez em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na manhã desta quarta, 20. Ele informou que medidas já estão sendo tomadas, como a extensão da ronda até às 22h, mas que outras modificações no acordo com a PM, que já dura mais de 20 anos, serão decididas apenas com base em ampla consulta à comunidade acadêmica. A audiência da Comissão de Segurança Pública da Assembleia contou com a presença dos deputados Celise Laviola (PMDB), João Leite (PSDB), Sargento Rodrigues (PDT) e de representantes das polícias Federal, Militar e Civil. O reitor da UFMG foi convidado a prestar esclarecimentos sobre compromisso divulgado em 30 de março, que apresentava dez medidas para ampliar segurança e inclusão da comunidade externa na Fafich. Jaime Ramírez informou que a Cavalaria da PM patrulha as áreas comuns do campus Pampulha e que há preocupação também com reforço da segurança nas entradas principais (nas avenidas Antônio Carlos e Carlos Luz) e no perímetro externo ao campus. “Quanto a ampliar a atuação da PM na UFMG, é preciso discutir o assunto com a comunidade e com a corporação”, afirmou o reitor em entrevista coletiva logo após a audiência. Ele também revelou algumas medidas de segurança que já vinham sendo implantadas antes das denúncias recentes de roubos e tráfico de drogas. Segundo o reitor, cada vez mais prédios contam com câmeras nos corredores e com sistema de identificação para entrada, como é o caso da Reitoria, da Faculdade de Ciências Econômicas e do Instituto de Ciências Biológicas. Em relação à Fafich, onde houve recentes denúncias de aumento da criminalidade, Ramírez disse que foi concluído um plano para revitalização da sala do Diretório Acadêmico e que as obras serão iniciadas ainda neste semestre. O objetivo é que estejam finalizadas até o final do ano. UFMG não é uma ilha O reitor da UFMG revelou que a expectativa é implantar, até o fim do ano, medidas relacionadas à segurança nos campi, e que o assunto depende da decisão de órgãos colegiados, como as congregações das unidades e o Conselho Universitário, instância máxima da Universidade. “A UFMG não é uma ilha e está sujeita aos problemas que afetam a sociedade como um todo. Não podemos fechar os olhos para esses problemas e estamos trabalhando para dar satisfação à comunidade acadêmica e à sociedade que mantém a instituição. É preciso lembrar, entretanto, que o cuidado com a segurança não se limita à ação policial. O papel da universidade é também o de contribuir para a ampliação do debate sobre o assunto”, finalizou Jaime Ramírez.
O reitor assegurou apoio da Administração Central às medidas definidas em março pela Congregação da Fafich. “O contingente de seguranças foi aumentado no turno da noite, quando é maior a vulnerabilidade das pessoas e do patrimônio”, afirmou. Quanto à Faculdade de Direito, que também foi alvo de denúncias relacionadas a venda e uso de drogas, Ramírez disse que tem discutido com a direção da Unidade propostas para aumentar a segurança no local.