Estudante do curso de Ciências Sociais da Fafich, Maíra Leal foi beneficiada pelo programa de intercâmbios Minas Mundi, mantido pela UFMG, e passou um semestre na Vrije Universiteit, na Holanda. "Amsterdam é uma cidade maravilhosa, muito fácil de viver. Você pode ir para qualquer lugar de bicicleta ou de transporte público (que é excelente, mas muito caro), até porque a cidade é bem pequena", conta. Quando descobriu que havia sido aprovada pelo programa, procurou outros estudantes da UFMG que iriam para a mesma instituição. Em conjunto, resolveram várias questões da viagem. Maíra afirma que o intercâmbio é uma ótima experiência para todo aluno de graduação, “inclusive para aprender a valorizar o ensino superior do nosso país”. O Minas Mundi é gerenciado pela Diretoria de Relações Internacionais (DRI) da UFMG. A iniciativa promove a mobilidade de estudantes em universidades parceiras nos Estados Unidos, no Canadá, na América Latina e na Europa. O aproveitamento dos créditos cursados no exterior varia a critério de cada curso da UFMG. Segundo a DRI, somente no ano passado, 67% dos participantes do Minas Mundi foram contemplados pela Universidade com passagens de ida e volta, além de uma bolsa mensal. Tais benefícios são sempre sujeitos à avaliação socioeconômica do estudante. A UFMG também é uma das instituições contempladas pelo programa Ciência sem Fronteiras (CsF), do Governo Federal. A estudante de arquitetura Cecília Machado, por exemplo, foi beneficiada pela iniciativa e está estudando na Kingston University London. Ela chegou à capital inglesa em setembro do ano passado. Cecília diz que o intercâmbio mudou o modo como ela vê o próprio curso: "Na UFMG, eu começava um projeto já atenta a parâmetros legais, medidas mínimas necessárias, e, a partir disso, começava o design. Aqui, começo de uma forma mais sensorial e intuitiva, o lema da faculdade é ‘thinking through making’, ou seja, pensando através do fazer". Acervo pessoal Outras possibilidades Um desses programas é o Escala Estudantil, por meio do qual a UFMG recebe e envia o mesmo número de alunos aos países parceiros, preferencialmente com correspondência entre os cursos. As vagas e os cursos contemplados são definidos anualmente pelos delegados assessores da AUGM. A duração é de seis meses. As Jornadas Jovens Pesquisadores, por sua vez, têm o objetivo de promover o relacionamento e impulsionar o trabalho conjunto de pesquisadores dos países integrantes da AUGM. A Pró-reitoria de Pesquisa seleciona anualmente 40 trabalhos da UFMG, que são apresentados e premiados em evento de três dias no país-sede. O programa Erasmus Mundus, gerenciado pela União Europeia, mantém diversos projetos anuais de seleção de estudantes para mobilidade naquele continente, pelo período de até dez meses. As áreas de estudo elegíveis são Engenharia, Tecnologia e Educação. O intercâmbio científico e cultural envolvendo a UFMG e instituições colombianas é objeto do programa Bracol, que beneficia alunos selecionados com passagens, acomodação, refeições e transporte, além da isenção do pagamento de taxas escolares da instituição anfitriã. As informações sobre intercâmbio podem ser obtidas no site da DRI, pelo telefone (31) 3409-4025 ou na própria unidade, no prédio da Reitoria.
Cecília: outras formas de aprendizado
Os estudantes da UFMG também podem recorrer aos programas de intercâmbios relacionados no escopo da Associação de Universidades Grupo Montevidéu (AUGM), rede de cooperação de universidades públicas e autônomas do Brasil e de cinco países vizinhos: Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai.