No Ano Internacional da Luz, o tema Luz, ciência e ação vai nortear a programação da 67ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que será aberta neste domingo, 12, às 18h, e seguirá até dia 18, na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Os 13 novos integrantes do Conselho da SBPC, entre os quais o professor Eduardo Fleury Mortimer, da Faculdade de Educação (FaE) da UFMG, com mandato para o quadriênio 2015-2019, tomarão posse durante a 67ª Reunião. A programação do evento inclui discussões sobre o centenário da teoria da relatividade geral, risco e desenvolvimento de instalações nucleares no cenário atual do Brasil e a contribuição do trabalho dos físicos médicos na medicina. Além da Programação Científica Sênior, da qual participam três professores da UFMG, integram a Reunião os eventos SBPC Inovação, ExpoT&C, SBPC Jovem, SBPC Cultural, e, pelo segundo ano consecutivo, a SBPC Indígena, que terá debates acerca do universo indígena. Pesquisadores da UFMG também vão apresentar trabalhos entre os 2.900 pôsteres selecionados. Na terça-feira, 14, às 15h, o professor Eduardo Fleury Mortimer coordenará a mesa-redonda Avaliação, organização curricular e organização da pesquisa: novos padrões de governança e institucionalidade da universidade pública, com palestras de Jailson Bittencourt de Andrade (MCTI), Abilio Baeta Neves (UFRGS), Carlos Henrique de Brito Cruz (Fapesp) e Luiz Roberto Liza Curi (CNE). O evento será no Auditório 1 da Biblioteca. Além da modernização da universidade brasileira, Mortimer pretende, como conselheiro da SBPC, defender a adoção de um pacto entre as três unidades da federação – município, estado e União –, “para que cheguem a um equacionamento que possa melhorar a educação básica, cuja baixa qualidade repercute inclusive na universidade”. Em sua opinião, “não adianta melhorar muito a educação superior e deixar o vácuo hoje existente na educação básica”. Também na terça-feira, 14, a partir das 15h30, o professor Yurij Castelfranchi, do Departamento de Sociologia, vai participar do simpósio A ciência na visão de cientistas, jornalistas e cidadãos, com as professoras Luisa Medeiros Massarani (Red-Pop/Museu da Vida-Fiocruz) e Carmelo Polino (Centro Redes), sob coordenação Ildeu de Castro Moreira (UFRJ). Professor emérito da Faculdade de Educação (FaE) da UFMG, Carlos Roberto Jamil Cury vai coordenar, na quarta-feira, 15, às 15h30, mesa-redonda com o tema Que ensino médio queremos?, que reunirá, no Teatro Florestan Fernandes, os palestrantes Manuel Palacios da Cunha e Melo (MEC), Sandra Lúcia Escovedo Selles (UFF) e José Fernandes de Lima (CNE). Maria das Graças Lins Brandão, da Faculdade de Farmácia e do Museu de História Natural e Jardim Botânico (MHNJB), participará de mesa-redonda que abordará instrumentos de divulgação dos estudos científicos com plantas medicinais no Brasil. Ela também vai compor a mesa Ensinando sobre plantas medicinais na escola, com apresentação de experimentos simples de laboratório, desenvolvidos pelo Centro Especializado em Plantas Aromáticas, Medicinais e Tóxicas (Ceplamt), que ela coordena, para a determinação de princípios ativos das plantas medicinais. Voltada para professores do ensino básico, a oficina incluirá exposição constituída de minilaboratório e materiais que permitem reconhecer as plantas medicinais da biodiversidade brasileira. Segundo a coordenadora, o objetivo é incentivar os professores de ensino fundamental e médio a abordar o tema plantas medicinais no contexto das ciências. Exposição e pôsteres A cada parada, estudantes locais entram em contato com exposições interativas e participam de oficinas que buscam despertar o interesse sobre o universo científico. A professora Tânia Margarida Lima Costa, coordenadora do Museu Ponto UFMG, explica que a ideia é fazer que o visitante seja estimulado a pensar de que modo a ciência está presente em várias atividades do seu dia a dia. O Museu apresentará três pôsteres na programação da reunião da SBPC. A participação envolve 18 pessoas, entre alunos, coordenadores, professores, pesquisadores e servidores. A Reunião
Especialmente para a SBPC Jovem, o Museu Itinerante Ponto UFMG apresentará experimentos sobre a importância da luz para a ciência e suas aplicações no dia a dia. O Museu, que neste mês completa três anos de atividades de popularização da ciência, é um caminhão adaptado com 40 experimentos científicos e seis ambientes retratando biomas, submarinos, as cidades, os sentidos e o interior do corpo humano, além de uma sala de projeção 3D. Já percorreu vários municípios do interior de Minas e outros quatro estados, de São Paulo ao Acre.
O evento tem o objetivo de levar aos participantes um amplo panorama do que se faz no campo da ciência no Brasil e popularizar e valorizar a produção científica nas diversas áreas do conhecimento. A Reunião também funciona como espaço de debates de políticas públicas na área de Ciência e Tecnologia.