'Superou nossas expectativas', afirma a diretora de ação cultural da UFMG sobre o Festival de Inverno

De 17 a 25 de julho, realizou-se o 47º Festival de Inverno da UFMG, evento que, com o tema Apropriação e transformação dos espaços da cidade e da Universidade, levou oficinas, fóruns de diálogos, aulas abertas e uma série de eventos artísticos e culturais a diversos pontos da cidade.

O professor Jaime Ramírez, reitor da UFMG, destaca a importância de o evento ter retornado à capital mineira depois de ter sido realizado em cidades do interior do estado. “Já era tempo de o Festival de Inverno da UFMG voltar para Belo Horizonte. Fizemos essa experiência no ano passado e neste ano estamos repetindo-a. Em nossa avaliação, foi uma escolha muito feliz. A experiência tem sido proveitosa, produtiva.”

A diretora de ação cultural, Leda Maria Martins, o coordenador do Festival, Ernani Maletta, e o reitor Jaime Ramírez, junto de sua família, assistiram à apresentação do Grupo Galpão no campus Pampulha

“Acredito que essa maior interação entre a Universidade e a cidade de Belo Horizonte foi mais que oportuna", diz Jaime Ramírez, ao refletir sobre as atividades realizadas. "Todos os retornos que recebemos foram muito positivos: não só da nossa comunidade universitária, mas, sobretudo, das pessoas que participaram das atividades.”

Ao todo, 648 pessoas se inscreveram para as oficinas e aulas abertas oferecidas pelo evento. Contudo, o número real de participantes foi bem maior, já que a maioria das atividades aceitava que participassem também pessoas que não se inscreveram formalmente.

Banda Berimbrown foi uma das atrações do evento

Quase 200 pessoas estiveram envolvidas com a produção do evento. Leda Maria Martins, diretora de ação cultural da UFMG, destaca o envolvimento desses profissionais: “Foi um desempenho fabuloso. Conversei com os motoristas, faxineiros, técnicos, monitores, bolsistas, coordenadores, todos estavam exauridos, dada a quantidade de trabalho. Ainda assim, trabalhavam com boa vontade, sorrindo, e com muita competência. Isso é muito importante”.

Para Leda, tal envolvimento ganha ainda mais relevância no atual contexto de restrição orçamentária. “As pessoas vêm trabalhar no Festival de Inverno por condições que não são as de mercado. Então é preciso destacar esse empenho, sem o qual o Festival seria impossível”, salienta.

Além das oficinas, dos fóruns e das aulas, os eventos culturais destacaram-se pela grande participação do público. Leda estima que só o show de Hermeto Pascoal, no campus Pampulha, tenha trazido mais de três mil pessoas ao gramado da reitoria.

Um novo Festival
A responsável pela Diretoria de Ação Cultural da UFMG ainda elenca aqueles que, em sua opinião, foram os aspectos de destaque da edição deste ano: a experimentação de novas possibilidades para o Festival, a diversidade do público participante e o retorno de antigos frequentadores.

Grupo de Maracatu Famiguê se apresentou no Festival

“Ensaiamos muitas coisas novas, como as aulas abertas, por exemplo, que foram grande sucesso de público. É algo que certamente manteremos para o ano que vem”, diz. “Também tivemos públicos diversos em cada evento, o que é muito bom. Além disso, os frequentadores mais antigos do Festival participaram em peso.”

No que diz respeito aos planos para 2016, ocasião em que se completam 50 anos de Festival, Leda afirma que já houve duas reuniões para tratar do tema. “Estamos trabalhando primeiramente o conceito para depois pensar nas demais questões. Já temos conversado sobre como otimizar o trabalho da equipe, por exemplo.”

Leda Martins faz questão de reiterar o agradecimento ao reitorado por ter, mesmo em um momento de restrição financeira, optado por realizar o evento. “Isso demonstra o entendimento de que arte é também produção de conhecimento”, destacou, acrescentando que o Festival teve grande sucesso e superou suas expectativas.

Grupo Galpão apresentou 'Os Gigantes da Montanha' no campus Pampulha