Viviane Sousa |
Duas plantas de grandes dimensões (cerca de 2,60m por 1,40m) da época da construção de Belo Horizonte (década de 1890) estão sendo digitalizadas no Laboratório de Documentação Científica por Imagem (iLAB), da Escola de Belas-Artes. O resultado do trabalho será incorporado ao projeto Mapa Histórico Digital de BH, que será lançado hoje, em evento para convidados no Memorial Minas Vale, em Belo Horizonte. O trabalho é realizado por alunos dos cursos de Artes Visuais e Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis. Segundo o coordenador do iLAB, professor Alexandre Leão, do Departamento de Fotografia, Teatro e Cinema, foi desenvolvida estrutura que permitiu apoiar as plantas ao nível do chão, sobre placas de mdf, e movimentá-las sobre trilhos. As fotografias foram feitas de cima para baixo. “Fizemos 48 imagens de cada planta e já estamos na fase de montagem”, conta Leão. Ele explica que o processo incluiu uma semana de preparação do estúdio, um dia de fotografias para cada planta e entre 30 e 40 dias para composição do mosaico. A imagem gerada terá 1,5 gigabyte. São duas plantas consideradas muito relevantes para o projeto e não haveria como fotografar com qualidade e definição de detalhes. Os documentos pertencem ao Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte. O Laboratório de Documentação Científica por Imagem tem no currículo projeto envolvendo o painel Guerra e paz, de Cândido Portinari, e serviços prestados ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), entre muitos outros. “Empresas e instituições nos procuram em razão de nossa experiência com objetos artísticos, que exigem cuidados especiais, além do nosso domínio da tecnologia”, comenta Alexandre Leão.