Com o objetivo de valorizar as culturas indígenas, quilombolas e tradicionais na universidade e na formação dos estudantes, o Programa de Formação Transversal em Saberes Tradicionais oferecerá, neste semestre, duas disciplinas. As matrículas deverão ser feitas nesta terça, 25, e na quarta, 26, período reservado para o registro em disciplinas na modalidade Formação Livre, por meio do Sistema Acadêmico da Graduação (Siga). As duas disciplinas, abertas a alunos de todos os cursos de graduação, ocorrerão nas tardes de terça e quinta-feira e nas manhãs de sábado. A disciplina Arquitetura e cosmociência Xacriabá será ministrada nos meses de setembro e outubro pelas mestras Lourdes Evarista e Libertina Ferro, da aldeia Xacriabá de Caatinguinha, da Reserva de São João das Missões, no Norte de Minas Gerais. A disciplina tratará da espacialidade Xacriabá e sua cosmociência, com base na construção de uma casa de barro no campus Pampulha. A arte da pintura de toá, feita sobre a superfície interna e externa das construções, também será abordada. A disciplina O livro vivo Huni Kuin: Narrativas, plantas e imagens será ministrada de 1º de outubro a 5 de novembro pelo linguista Joaquim Maná Kaxinawá, pelo pajé Dua Bussê, pelo cineasta Zezinho Yube e pela mestra do Kene (desenho) Maria Carlos da Silva Kaxinawá. Conforme ementa, a disciplina “abordará a língua Hãtxa Kuĩ (“língua verdadeira”), os saberes das plantas medicinais, as formas expressivas do Kene Kuĩ (“desenho verdadeiro”) e o cinema produzido pelo povo Huni Kuĩ, do Acre.” Arquitetura e cosmociência Xacriabá tem duração de 90 horas-aula, e O livro vivo Huni Kuin: Narrativas, plantas e imagens, de 60. Cada uma oferece 50 vagas.