Circuito cultural ligado à área de extensão da UFMG debate preservação do patrimônio na região do Médio Piracicaba

Será realizado nesta sexta, 25, em Nova Era, o 3º Seminário Circuito Cultural Vieira Servas, que promoverá debate sobre a preservação do patrimônio cultural nos municípios da região do Médio Piracicaba, que ocorrerá no Automóvel Clube da cidade, a 150 quilômetros de Belo Horizonte.

O evento integra a programação da Jornada Mineira do Patrimônio Cultural - Cidades, Regiões e Patrimônio e tem participação do Programa Circuito Cultural Vieira Servas da UFMG, que reúne projetos de extensão que trabalham com a herança cultural e artística do entalhador do barroco mineiro Francisco Vieira Servas.

Aberto ao público, o seminário reunirá secretários de cultura e pesquisadores, como o historiador Elvécio Eustáquio da Silva, de Nova Era, que vai ministrar palestra sobre a relevância de Vieira Servas para a arte mineira.

O Programa Circuito Cultural Vieira Servas é uma iniciativa da UFMG e da Fundação Rodrigo Melo Franco de Andrade (FRMFA), em parceria com a Secretaria de Educação Superior do Ministério de Educação e com a Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Piracicaba. Seu principal objetivo é desenvolver ações de extensão e estudos ligados à herança artístico-cultural deixada por Francisco Vieira Servas, com foco em sua preservação.

Gênio redescoberto
O português Francisco Vieira Servas foi um escultor e entalhador português de grande importância nas fases finais do barroco e que, de alguma forma, teve sua obra ofuscada pelo brilho do seu contemporâneo Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.

Ele nasceu em 1720, na Comarca de Guimarães, em Portugal, e deixou a Europa para trabalhar em Minas Gerais. Viveu cerca de 60 anos em São Domingos do Prata, em uma fazenda que teria abrigado um ateliê para receber as demandas das dezenas de monumentos em construção nos séculos 18 e 19.

Servas é reconhecido por seus anjos tocheiros, esculturas mais elaboradas do período barroco, posicionadas na entrada da capela-mor. Simbolicamente, portam o facho da fé, guardam o mistério do tabernáculo e iluminam os fiéis.

(Assessoria de Comunicação da Pró-reitoria de Extensão da UFMG)