Universidade Federal de Minas Gerais

Fotos: Matheus Espíndola/UFMG
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Sandra Goulart Almeida: cooperação coerente com a filosofia da UFMG

Eschwege é um patrimônio inestimável que os alemães deixaram em Diamantina, afirma Sandra Goulart Almeida

sábado, 26 de setembro de 2015, às 8h37

A vice-reitora Sandra Goulart Almeida disse, ontem, 25, durante o Simpósio Geologia do Espinhaço, que o legado que os geólogos alemães deixaram para a ciência brasileira representa um patrimônio de valor incalculável.

“Seu trabalho de cooperação de caráter internacional e solidária é coerente com a filosofia da UFMG. Por isso, é tão válido resgatar essa memória”, disse a vice-reitora. O evento, que começou na quinta, 24, e termina neste sábado, 26, com a realização de minicursos, celebra os 50 anos de fundação do Instituto Eschwege, especializado no ensino e na pesquisa de geologia de campo.

Aura especial
“Embora de caráter científico, esse evento se reveste de aura especial com a presença dos geólogos alemães”, disse a diretora do Instituto de Geociências Maria Márcia Machado, ao referir-se à presença de alguns dos pesquisadores germânicos que participaram da construção do Instituto. Já a presidente do Simpósio e diretora do Instituto Casa da Glória, Mariana Lacerda, disse que “é um compromisso e uma satisfação trabalhar pela memória da casa”.

Em comunicado, o reitor da Universidade de Brasília, Ivan Marques, definiu o evento como “de significado ímpar”. O prefeito de Diamantina, Paulo Célio de Almeida, saudou a presença da UFMG na cidade. “A UFMG perpetua o significado desse passadiço, que simboliza a união com Diamantina”.

Paulo Célio também reverenciou os geólogos alemães: “A experiência, o know-how e a presença estrangeira nos fizeram muito bem. Diamantina agradece eternamente aos senhores pelo trabalho desenvolvido. A cidade também é de vocês”.

O professor de alemão da Faculdade de Letras da UFMG Norbert Ankenbauer e o cônsul honorário da Alemanha em Belo Horizonte, Victor Sterzik, também participaram da mesa de abertura. “A Geologia uniu os dois países, e esse legado pertence aos jovens. Busquem a mesma ligação para que isso não pare”, aconselhou Sterzik.

IMG_20150925_114016685.jpgNa palestra inaugural do Simpósio Geologia do Espinhaço, o professor aposentado do Instituto de Geociências e primeiro diretor do órgão, Friedrich Ewald Renger [foto], falou sobre a história do centro e a trajetória de seu fundador, o professor Reinhard Pflug.

Pflug (1932-2012) foi orientador de 30 teses de doutorado. Trabalhou na Espanha, com exploração de petróleo de 1958 a 1960. Já no Brasil, foi professor de fotogeologia e geologia de campo na Escola Nacional de Geologia (Rio de Janeiro) de 1960 a 1964, durante a Campanha de Formação de Geólogos (Cage), instituída pelo governo de Juscelino Kubitscheck.

“Nesse período, Pflug viajou por terrenos de Minas Gerais e decidiu implantar aqui, na região de Diamantina, o ensino de geologia de campo. Didaticamente, não havia nada que se pudesse mostrar sobre processos geológicos nos arredores do Rio de Janeiro. Na Serra do Espinhaço, ele encontrou o campo ideal para o treinamento de seus alunos e para suas pesquisas”.

Com a bandeira dos pioneiros
A coordenadora do Centro de Geologia Eschwege, professora Lúcia Fantinel [foto abaixo], falou sobre a contribuição do CGE para formação do geólogo brasileiro. “Os cursos de Geologia são novos nas universidades brasileiras, muito embora a importância dessa área de ensino já tivesse sido destacada por naturalistas e engenheiros civis desde a década de 1920”.

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Conforme relatou Lúcia Fantinel, a criação do curso nasceu de uma comissão instituída pelo MEC em 1956, com a proposta inicial de contemplar quatro universidades federais em Porto Alegre, São Paulo, Ouro Preto e Rio de Janeiro.

“O texto da proposta dizia que era necessário assegurar a existência de pessoal especializado em geologia em qualidade e quantidade suficientes para as necessidades nacionais. Os primeiros geólogos diplomados no Brasil, em 1960, foram recebidos em Brasília pelo presidente da República”, relatou.

A professora também discorreu sobre as atividades realizadas no Centro, como excursão regional, fotointerpretação e coleta de amostras e explicou a metodologia centrada na organização de estudantes em pequenos grupos, planejamento e execução do mapeamento geológico, produção de mapas, apresentação e discussão dos resultados.

“Trabalhamos para desenvolver parcerias, expandir as atividades, oferecer suporte aos programas de pós-graduação e treinamento profissional a empresas. Sempre reerguendo a bandeira dos nossos pioneiros”, concluiu.

(Matheus Espíndola)

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