Alunos de graduação e pós-graduação apresentaram pôsteres nesta tarde, no saguão da Reitoria, como atividade que integra a programação da Semana do Conhecimento. Eles mostraram trabalhos de pesquisa científica e relatos de aproveitamento de experiência em monitorias e projetos de extensão. Até a próxima sexta, 23, terão sido expostos 565 pôsteres de estudos desenvolvidos em todas as áreas do conhecimento. Alunos do 4º e do 7º período de Licenciatura em Matemática, respectivamente, Thiago Vinícius Ferreira Santos e Tamara Ribeiro de Oliveira apresentaram na mostra o pôster sobre a experiência como monitores dos estudantes que se formarão na modalidade de Educação a Distância pela UFMG. Thiago e Tamara se encontram com os alunos todos os sábados nas cidades de Corinto e Bom Despacho para a resolução de exercícios de matemática. Também atendem por telefone e pelo Facebook. “A monitoria é uma experiência que podemos levar para a sala de aula da educação básica depois de formados”, afirmou Thiago. Na área de Saúde Pública, uma das pesquisas apresentadas hoje foi A mamografia e seus desafios: fatores socioeducacionais associados ao diagnóstico tardio do câncer de mama, desenvolvida como trabalho de conclusão do curso em Radiologia. Cláudia Assis analisou a baixa procura por exames de detecção do câncer de mama por mulheres com idade acima de 50 anos, considerando o perfil socioeconômico do grupo analisado e a relação com as informações disponíveis sobre a doença. “A mamografia é recomendada para mulheres com idade a partir de 40 anos. Entre 50 e 70 anos, é recomendado o exame bienal, mas, em 2013, de 10 milhões de procedimentos esperados, foram realizados apenas 2,5 milhões”, relatou Cláudia. Segundo ela, para garantir que mais mulheres detectem o câncer nos estágios menos severos da doença, por vezes assintomáticos, "é necessária uma abordagem clara, concisa e culturalmente inteligível sobre o câncer de mama por parte dos profissionais da saúde". A aluna de mestrado em Estatística Larissa Sayuri Futino dos Santos apresentou alguns resultados de sua pesquisa, que filtra e mapeia relatos de crimes pelos usuários do Twitter. A análise considerou dados da rede social durante 201 dias em 2014 para usuários do estado de São Paulo. Larissa coletou registros que contivessem algum dos 131 termos relacionados a ações criminosas pré-selecionados, como “assassinado”, “tráfico” e “vítima”. Desse montante, filtrou os que relatavam alguma experiência de crime e cruzou com dados geográficos, de renda e número de habitantes. Os dados analisados em vídeos, gráficos e mapas interativos serão reunidos em um site que está sendo construído pela aluna.