“Faculdade de reter e recordar ideias, impressões e conhecimentos adquiridos anteriormente”. É dessa forma que os dicionários definem o termo memória, aqui associado às reminiscências, recordações e lembranças. Mas a memória, segundo os estudiosos, vai muito além disso. “De acordo com o psicólogo Frederic Bartlett, recordar não é relembrar, e, sim, um processo de reconstrução, no qual aspectos do episódio previamente apresentado são tecidos em um todo coerente com a ajuda do conhecimento preexistente”, explica o professor Eduardo Fleury Mortimer, do Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino da Faculdade de Educação da UFMG. Mortimer ministrará a oficina Memória: cognição situada e cognição distribuída no Festival de Verão 2016. O curso será iniciado com a noção de Bartlett de que a memória é um processo construtivo. “Após essa introdução, será apresentada aos participantes a consideração de que a memória, como toda a cognição, depende não somente do cérebro, mas também do corpo”. Segundo Mortimer, normalmente esse processo ocorre levando-se em conta a estrutura social e ambiental do meio, distribuindo-se entre o cérebro e o ambiente. “Ele se estende além das fronteiras de um organismo individual. Durante a oficina, será possível e necessário fazer uso de artefatos na solução de problemas que exijam memória”. Entre os possíveis públicos da oficina, estão professores de escolas de ensino fundamental e médio, já que, segundo Mortimer, aplicações ao ensino também serão consideradas na oficina. Contudo, a atividade é aberta a estudantes universitários e a qualquer interessado no assunto. As inscrições para as oficinas do Festival de Verão devem ser efetuadas no site da Fundep. Mais informações sobre as atividades estão disponíveis na página do evento. Vagas: 30
Carga horária: 4 horas
Período: 2 de fevereiro
Horário: 8h30 às 12h30
Classificação etária: a partir de 15 anos
Local: Conservatório UFMG – sala 2