Oficina reverencia 'maior espetáculo da Terra' com confecção de fantasias e adereços

No encerramento da oficina Narrativas visuais dos desfiles das escolas de samba, realizada desde terça-feira, os participantes confeccionaram, nesta quinta-feira, fantasias e adereços com as cores das escolas de samba do Rio de Janeiro, protagonistas do "maior espetáculo da terra". Segundo a professora Tereza Bruzzi, a base para a customização das fantasias foi um corpete e uma saia.

Nos dois primeiros dias de oficina, realizada no Conservatório UFMG, foram ministradas aulas teóricas sobre a origem e funcionamento das escolas de samba, concepção de enredo e critérios da comissão avaliadora dos desfiles. “Em relação à parte prática, a proposta foi simular a composição de uma comissão de frente de um desfile", conta Cristiano Cezarino Rodrigues, outro instrutor da oficina. A organização do Festival forneceu os tecidos, fitas e materiais de corte e costura.

A aluna Marta Rodrigues [foto], que trabalha como figurinista de teatro e dança, confeccionou trajes nas cores verde e rosa, em alusão à Estação Primeira de Mangueira. “Meu sonho é trabalhar em um barracão de escola de samba”, revelou.

Integrante da equipe de apoio da oficina e do Núcleo de Pesquisa em Cenografia da UFMG, o estudante Lucas Barbosa elogiou o empenho dos alunos. “A oficina foi muito bem-sucedida. Não houve desistências entre os alunos que começaram na terça-feira, diferentemente do que normalmente ocorre em oficinas que duram mais de um dia”, observou.

Os estudantes da UFMG Brenda Alaís [foto], do curso de Teatro, e Edsel Duarte, de Aquacultura, homenagearam, respectivamente, as escolas Unidos da Tijuca, com as cores azul pavão e amarelo ouro, e Beija-Flor, simbolizada pelo azul e branco. “É muito válido e precioso esse espaço de criação no qual podemos trabalhar com a visualidade no carnaval. Não há em Belo Horizonte oportunidade como esta”, comentou Edsel, que é figurinista de teatro.