Jazz, dança e fantasias de Carnaval marcaram o encerramento do 10º Festival de Verão na noite de ontem, quinta-feira, no Conservatório. O tema Tempo e memória permeou todas as atividades desta edição, que ocorreu também no Centro Cultural e no Espaço do Conhecimento e contou com oficinas, palestras e performances realizadas ao longo de cinco dias na semana pré-carnavalesca. A coordenadora Denise Pedron destacou o perfil alegre do evento, que condiz com seu período de realização. “Neste ano, consolidamos a realização do Festival na semana anterior ao Carnaval, por conta do fortalecimento dos blocos de rua em Belo Horizonte. Trouxemos o clima festivo, com a proposta de promover a produção de conhecimento com leveza”, disse. Foca Lisboa/UFMG Daniel Protzner Aprendizado e interação Ao fim da atividade Narrativas visuais dos desfiles das escolas de samba [foto acima], os alunos desfilaram com o bloco Magnólia Brass Band vestindo as fantasias produzidas durante a semana na oficina. Para Edsel Duarte, do Núcleo de Cenografia da UFMG, o melhor da atividade é a troca entre oficineiros e participantes. “É uma experiência única. Por mim, essa atividade voltaria em todas as edições do Festival de Verão”, disse. Na oficina Fitoterapia e patrimônio imaterial, benzedeiras e raizeiras compartilharam seu conhecimento com uma turma composta por alunos de diversas idades, escolaridades e profissões, o que proporcionou rico diálogo. “É muito importante valorizar os saberes tradicionais, e essa é uma vertente que vem crescendo na Universidade, com ações como a Formação Transversal em Saberes Tradicionais”, apontou Denise Pedron. Folia antecipada O Festival de Verão acabou, mas quem não pôde acompanhar o ensaio no Conservatório terá uma nova chance de se juntar ao bloco Magnólia. O cortejo da agremiação sai na terça-feira, 9, às 14h, da esquina entre a Rua Magnólia e a Avenida Carlos Luz, no bairro Caiçara. A concentração começa às 11h.
Outro ponto ressaltado pela coordenadora foi a interação com a cidade durante as oficinas, que ocorreram em diferentes equipamentos culturais da UFMG situados na região central de Belo Horizonte, proporcionando integração e visibilidade. “Fiquei muito satisfeita com o resultado das oficinas. Com o envolvimento dos alunos, muitas delas tiveram a surpreendente proposta de ir às ruas para interagir com o público”, afirmou.
Kanatyo Pataxó e Siwê Pataxó se apresentaram no Conservatório e ministraram oficina sobre sua cultura
A estudante Bianca Freire, que deseja ser atriz e participou com seus amigos da oficina Cordel – Uma palavra encantada, considerou a experiência muito produtiva: “Na rua, apresentamos quatro cordéis, alguns com críticas sociais, e lá percebi como figuras do dia a dia são mais um instrumento para o ator. O público entrou na brincadeira”, comentou.
Outro destaque desta edição foram as palestras realizadas no Conservatório. Os professores Marcella Guimarães e Sebastião de Pádua falaram no dia 1º de fevereiro
Após o encerramento das oficinas, a festa ficou por conta do bloco Magnólia Brass Band, que levou a tradição do Mardi Gras de New Orleans para o Conservatório. Sob a regência de Leandro Brasilino, os músicos animaram quem passou pelo espaço, oferecendo uma prévia do que farão durante o Carnaval.
Vestindo preto e alaranjado, as cores do Magnólia, as dançarinas que acompanham o bloco incentivaram o público a se envolver na folia, dançando e ensinando passos característicos do jazz.