Nesta terça-feira, 23, começaram as atividades da Semana de Orientação do Estudante Internacional da UFMG. O evento é realizado semestralmente com o objetivo de oferecer aos estudantes do exterior orientações sobre a cultura acadêmica e as possibilidades existentes na Universidade. As atividades, que prosseguem até quinta-feira, 25, incluem apresentações sobre a UFMG, Belo Horizonte e o universo jovem da cidade, além de visitas aos campi e aos pontos turísticos da capital mineira. Nelas, os estudantes serão estimulados a construir redes sociais no Brasil que extrapolem a vivência exclusivamente acadêmica. Na manhã desta terça, os intercambistas foram recebidos pela vice-reitora Sandra Goulart Almeida no auditório da Escola de Ciência da Informação (ECI). Ela deu as boas-vindas, juntamente com Míriam Jorge, diretora adjunta de Relações Internacionais, Ricardo Takahashi, pró-reitor de Graduação, Licinia Correa, pró-reitora adjunta de Assuntos Estudantis, e Rodrigo Duarte, pró-reitor de Pós-graduação. A vice-reitora convocou os intercambistas a vivenciarem sua estada na Universidade não apenas academicamente, mas também culturalmente. “Façam atividades culturais, esportivas; não fiquem apenas nas disciplinas que estarão cursando; vivenciem a cidade. Para vocês, isso será muito importante, e é importante também para nossos alunos a oportunidade de entrar em contato as culturas de vocês, que vêm de países que eles desconhecem”, comentou. Rodrigo Duarte destacou a possibilidade de os intercambistas de graduação retornarem à UFMG. “A boa experiência de vocês aqui pode motivá-los a voltar à UFMG no futuro, na condição de pós-graduandos”, comentou. Takahashi, por sua vez, enfatizou o potencial que a Universidade tem de fomentar a troca de experiências culturais. “A academia é um lugar de excelência para o estabelecimento de amizade entre diferentes povos”, disse. Licinia Correa garantiu que os estudantes internacionais têm todas as possibilidades oferecidas a um estudante da própria UFMG. Nesse sentido, sugeriu que busquem conhecer não apenas os pontos turísticos da cidade que os acolhe e seu entorno, mas também os espaços “não turísticos”, como as periferias. “Vocês também precisam conhecer Ribeirão das Neves [cidade dormitório da Região Metropolitana de Belo Horizonte], por exemplo. São lugares pouco conhecidos, mas que também representam a nossa realidade, a realidade do Brasil, a realidade de Minas Gerais, e representam os lugares de ocupação de nossa Universidade e de sua atuação não só acadêmica, mas social.” Depois da mesa de recepção, Míriam Jorge conversou com os alunos sobre a forma como a UFMG lida com a ideia de intercâmbio. A professora explicou a iniciativa de não mais denominar os intercambistas como “estrangeiros”. “Queremos que vocês não se sintam como 'estranhos' em nossa comunidade, mas como parte dela”, disse. Ao fim da exposição da diretora adjunta de Relações Internacionais, tematizada pelo mote “UFMG: seu lugar”, os participantes puderam se conhecer em um intervalo para lanche. De Minas, do mundo Há também estudantes de países que mantêm sólida cooperação com o Brasil, como França e Portugal. Entre eles, Kevin Pellé, Jessica Oliveira, Léa Martineau e Natàlia Trejos [abaixo, da esquerda para a direita]. Kevin e Léa são franceses. Conheceram a portuguesa Jessica (residente na Suíça) e a espanhola Natália ainda na fila de credenciamento para as atividades da Semana de Orientação do Estudante Internacional da UFMG. “Já fiquei no Brasil por três semanas no high school e foi uma experiência muito boa. Agora quero viver mais profundamente o país, conhecer na prática as coisas bonitas que vi na televisão”, comenta Kevin, estudante de Ciências Econômicas. Léa também cursa Ciências Econômicas, Jessica estuda Relações Internacionais, e Natália faz Psicologia. “Acho que sou a única intercambista de Psicologia na UFMG”, arriscou a espanhola, constatando que até aquele momento não havia conhecido ninguém do seu curso.
Neste primeiro semestre de 2016, a UFMG está recebendo 131 estudantes internacionais, entre alunos de graduação e de pós-graduação. Esse número é semelhante ao registrado em semestres anteriores. Eles são provenientes de mais de 30 países, alguns com pouca tradição de intercâmbio com a UFMG, como Benim, na África, Guiana, na América do Sul, Escócia e Eslovênia, na Europa.