Cerca de 40 membros da comunidade acadêmica estiveram reunidos na manhã de hoje, 14, para discutir as diretrizes da 4ª Semana de Saúde Mental da UFMG, que será realizada de 16 a 20 de maio. O encontro, na sala de sessões da Reitoria, foi conduzido pela presidente da Comissão de Saúde Mental da UFMG, Maria Stella Brandão Goulart, e por Claudia Mayorga, pró-reitora adjunta de Extensão [abaixo, à esquerda, em foto de Foca Lisboa/UFMG]. Cláudia Mayorga recuperou o histórico da UFMG no desenvolvimento de estratégias e ações relativas à saúde mental, pontuando os avanços conquistados nessa trajetória. A pesquisadora afirmou a necessidade de se trabalhar em rede nessa área. “Precisamos pensar o tema através de perspectivas disciplinares distintas. Os problemas não são exclusivos de um único campo do conhecimento, por isso, podem e devem ser abordados a partir de pontos de vista distintos, de forma interdisciplinar. Essa construção de ações em rede é um exercício contínuo”, disse. As discussões desse primeiro conversatório de preparação para a Semana de Saúde Mental objetivaram o estabelecimento de uma agenda para o evento. “Nosso objetivo aqui é delinear os processos por meio dos quais vamos estabelecer as diretrizes e atividades da Semana”, explicou Stella Goulart na abertura das conversações. A presidente da comissão lembrou que, no último dia da Semana de Saúde Mental, 20 de maio, será realizado fórum para a formalização de uma política institucional de saúde mental no âmbito da UFMG. “A Universidade inteira precisa saber que estamos trabalhando para construir essa política, de forma a poder colaborar. Principalmente as pessoas que, na Universidade, vivem o sofrimento mental”, afirmou. Para que a comunidade acadêmica possa participar ativamente da construção dessa política, foi criado o endereço de e-mail saudemental@ufmg.br. Por meio dele, qualquer integrante da comunidade pode fazer comentários e sugestões à comissão. Sofrimento silente Segundo ela, com o estabelecimento de uma política será possível "estabelecer um ambiente de acolhimento adequado para os estudantes, os técnico-administrativos, os terceirizados e os docentes da comunidade que enfrentam o sofrimento mental”. A pró-reitora adjunta de RH ainda lembrou a necessidade de se ter atenção às questões psicológicas também no que diz respeito aos menores que atuam na Universidade por meio da Cruz Vermelha. Tarcísio Mauro Vago, pró-reitor de Assuntos Estudantis, observou que em um mês haverá um segundo encontro de preparação para a 4ª Semana de Saúde Mental da UFMG, que neste ano adotará o tema Por uma vida menos solitária. Comissão
Leonor Gonçalves, pró-reitora adjunta de Recursos Humanos, comentou a importância desse avanço no trabalho da comissão. “O DRH tem um trabalho de acompanhamento em relação aos membros da comunidade, mas há uma particularidade em relação a alguns públicos, por exemplo, o docente, que tem dificuldade de buscar ajuda. Isso torna o problema ainda mais grave”, disse.
A Comissão de Saúde Mental da UFMG é formada por professores, alunos e servidores técnico-administrativos da Universidade. Instituída em outubro de 2015, seu objetivo é constituir uma agenda de discussão e propor diretrizes para uma política institucional de saúde mental, no âmbito da UFMG, em diálogo com a atual política de saúde mental brasileira.