Universidade Federal de Minas Gerais

Em artigo, historiador da UFMG compara crise atual com o movimento que resultou no golpe de 1964

quinta-feira, 31 de março de 2016, às 5h59

Foca Lisboa/UFMG
rodrigo%20patto%20-%20foca%20lisboa.jpg No último sábado, 26, o professor Rodrigo Patto Sá Motta [foto], do Departamento de História da Fafich, recebeu, em Paris, um e-mail de um grupo de estudantes de história da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Eles pediam sua opinião sobre a atual crise política em comparação com os eventos que antecederam o golpe de 1964.

Sá Motta interpretou a mensagem como uma “provocação positiva” e redigiu uma reflexão de nove páginas, que encaminhou para amigos, colegas e pesquisadores. “Vivemos uma polarização política que, de fato, traz 1964 à memória, pois existem muitos ingredientes semelhantes”, relata o historiador logo na abertura de seu artigo, intitulado O Brasil à beira do abismo, de novo, que publicou em sua página na plataforma Academia.edu.

Para o pesquisador, que se diz “perplexo” com os rumos dos acontecimentos, a atual crise confirma que o Brasil tende a reproduzir em contextos recentes certos elementos presentes em crises passadas, o que indica a existência de fatores estruturais a influenciar o jogo político.

“A menção a fatores estruturais implica não apenas o quadro econômico, mas, sobretudo, a cultura política, ou seja, a existência de valores, representações e comportamentos arraigados que, ao mesmo tempo, mobilizam os atores e lhes fornecem argumentos para a luta. Determinados projetos e valores políticos continuam no cerne dos embates, a demarcar o campo entre os atores que disputam o poder. Da mesma forma, vemos alguns repertórios sendo reapropriados e utilizados novamente no cenário político, com uma crescente radicalização que faz lembrar a grande crise de 52 anos atrás”, reflete o historiador em outro trecho do artigo.

Desde janeiro, Sá Motta trabalha como professor visitante no curso de mestrado do Institut des Hautes Études de l'Amérique Latine, vinculado à Universidade Sorbonne Nouvelle Paris 3. “Eu já estava com vontade de escrever algo nessa linha, até como forma de compensar a minha ausência e impossibilidade de participar ativamente dos eventos no Brasil”, explica.

Trajetória acadêmica
Rodrigo Patto Sá Motta tem graduação e mestrado em História pela UFMG e doutorado em História Econômica pela USP. Realizou estudos de pós-doutorado e atuou como pesquisador visitante na Universidade de Maryland, nos Estados Unidos (2006-2007), e como professor visitante na Universidade de Santiago, no Chile (2009).

Um dos principais especialistas brasileiros em história política, trabalha tanto com temas da vertente clássica (partidos e instituições) quanto com abordagens que dialogam com a chamada "nova história" (representações, iconografia e cultura política).

Suas pesquisas recentes concentram-se em temas relacionados ao golpe de 1964 e ao regime militar. É autor dos livros Em guarda contra o perigo vermelho: o anticomunismo no Brasil (Perspectiva, 2002), Jango e o golpe de 1964 na caricatura (Zahar, 2006) e As universidades e o regime militar (Zahar, 2014).

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