Universidade Federal de Minas Gerais

Luiza Ananda / UFMG
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Ricardo Takahashi: percursos formativos não convencionais

Formações transversais vão definir perfis profissionais inéditos, avalia pró-reitor de Graduação

terça-feira, 26 de julho de 2016, às 6h54

Opções inovadoras ou incomuns de percurso acadêmico, as formações transversais cumprem o papel de pôr à disposição dos estudantes da UFMG um elenco atividades que atendam a necessidades e possibilidades emergentes da sociedade e do conhecimento, afirma o pró-reitor de Graduação da UFMG, Ricardo Takahashi.

“Estamos colocando em debate a ideia de reconfigurar os mecanismos que estão por trás do desenho dos currículos de graduação, buscando encontrar maneiras criativas ou diversas de levar conhecimento aos estudantes”, explica Ricardo Takahashi, lembrando, ainda que as formações também funcionam como espécie de ensaio para mudanças nos currículos de graduação, atualmente em análise na Universidade.

Em entrevista ao Portal UFMG, Takahashi fala sobre o projeto, que começou a ser ofertado no primeiro semestre de 2015 e hoje já conta com quatro opções: Saberes tradicionais, Divulgação científica, Relações étnico-raciais, história da áfrica e cultura afro-brasileira e Culturas em movimento e processos criativos.

Qual o papel das formações transversais no novo desenho que a UFMG está propondo para a graduação?
As formações transversais são minicurrículos que permitem desenhos de trajetos formativos não convencionais, bem diferentes daquilo que são as “caixinhas” do conhecimento tradicional existentes desde metade do século 20, que basicamente definem a grande maioria dos atuais currículos. Estamos colocando em debate na comunidade a ideia de reconfigurar, de alguma maneira, os mecanismos que estão por trás do desenho dos currículos de graduação, buscando encontrar maneiras criativas ou diversas de levar conhecimento aos estudantes. A lógica de que um estudante deve acessar conhecimento em outros cursos já orienta o trabalho da UFMG, mas queremos ampliar essas possibilidades dentro da graduação.

A intenção é que as formações transversais sejam um componente importante dos futuros currículos da UFMG. O que temos neste momento são alguns experimentos que esperamos sejam o início de um processo maior, em que haja um elenco bem mais diversificado de formações com essas características.

As formações têm o papel de colocar à disposição dos estudantes um elenco inovador de percursos que correspondam a necessidades e possibilidades emergentes da sociedade e do conhecimento. Acreditamos que elas vão definir perfis inéditos no Brasil, e esperamos que essa diversidade cause um acréscimo de possibilidades para os nossos estudantes.

Que balanço já é possível fazer das formações postas em oferta ao corpo discente da UFMG?
Na formação Saberes tradicionais, por exemplo, que tem recebido alunos provenientes de cursos diversificados com interesse nas raízes da nossa cultura, tivemos, por exemplo, a construção da casa xakriabá, com adesão de grande número de estudantes da Arquitetura. O fato de terem discutido a questão de uma moradia construída com base em técnicas tradicionais pode fazer que esses estudantes mudem o perfil do que vão fazer na vida.

Já a presença de mestres tradicionais que trouxeram tratamento com ervas despertou o interesse em cursos da área de saúde. Nota-se, no caso dos Saberes tradicionais, que a atividade ofertada motiva públicos específicos. A essa altura, não se pode dizer se esses públicos vão seguir as disciplinas que compõem a formação como um todo, ou se vão se interessar por atividades específicas.

Há alguns casos de estudantes que têm seguido a formação, para completar as 360 horas necessárias para a certificação – provavelmente no fim deste ano teremos as primeiras certificações, que ainda serão poucas, comparadas com o número de estudantes que cursaram uma ou algumas disciplinas ofertadas, já que as turmas têm ficado lotadas.

A implantação dessas formações é, portanto, um ensaio para o novo cenário curricular...
Pode-se considerar como um ensaio, independentemente de a nova proposta ser aprovada na sua integralidade ou em parte, porque a reconfiguração é composta de componentes diversificados que podem ser colocados um a um em cada currículo. Não é necessário que todo o conjunto seja implementado para que tudo funcione. As formações transversais já estão aprovadas desde 2014 e em implantação desde o início do ano passado, mesmo em um cenário sem a proposta de reconfiguração da graduação, que inclui componentes que podem ser introduzidos individualmente, ou com mudanças em apenas um dos aspectos. Um currículo pode, por exemplo, adotar só as formações transversais e nada mais da proposta de reconfiguração.

Que outras formações poderão ser oferecidas nos próximos semestres?
Estão sendo discutidos temas como empreendedorismo tecnológico, ciência dos dados e direitos humanos. A ideia é que sejam ofertadas atividades não disponíveis anteriormente.

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