A partir desta quinta-feira, 18, os alunos da formação transversal Culturas em movimento e processos criativos já poderão utilizar o seu Passaporte cultural. O “documento” possibilita que os matriculados obtenham créditos acadêmicos ao fruírem produções artísticas e culturais de linguagens variadas. O objetivo do Passaporte – uma das modalidades de creditação dessa formação transversal – é estimular os alunos de graduação a desfrutarem da arte em suas variadas formas, enriquecendo sua experiência e formação durante o percurso universitário. Idealizada pela equipe da Diretoria de Ação Cultural (DAC), a formação parte do princípio de que a cultura é um ambiente de produção e disseminação de conhecimento. “Nesse sentido, não será cobrado do aluno que ele faça um relatório ou uma análise crítica das manifestações culturais que frequentar”, explica a professora Denise Pedron, diretora adjunta de Ação Cultural e integrante do comitê didático-pedagógico da formação. “A intenção é que fruição do estudante seja creditada como aquisição do conhecimento, o que inclui, por exemplo, assistir a uma exposição de alta qualidade ou a uma manifestação cultural”, exemplifica o professor Fernando Mencarelli, membro do mesmo comitê. O início das atividades do Passaporte cultural coincide com a aula inaugural da formação transversal Culturas em movimento e processos criativos, que será realizada também nesta quinta-feira, às 15h, no auditório 4 da Faculdade de Ciências Econômicas (Face). Como funciona Para comprovar a frequência, o estudante deverá anexar ao Passaporte o ingresso da atividade desfrutada. Caso não haja ingresso, a instituição parceira atestará a presença por meio de um carimbo específico da formação transversal no Passaporte. Só poderão ser adicionadas as atividades desfrutadas nos espaços e instituições culturais de Belo Horizonte e da região metropolitana cadastrados como parceiros da atividade. Vinte e cinco espaços culturais e eventos já estão cadastrados como parceiros da formação transversal Culturas em movimento e processos criativos. A lista – que será atualizada regularmente – pode ser consultada no site da Diretoria de Ação Cultural: www.ufmg.br/cultura. “Consideramos não apenas as atividades com as quais todos já estão familiarizados, mas também apostamos na diversidade, como festas de reinado de irmandades do rosário, mostras hip-hop, apresentações da Velha Guarda do Samba, manifestações urbanas das periferias em várias áreas artísticas, que em geral não são consideradas atividades acadêmicas”, explica a professora Leda Martins, diretora de Ação Cultural da UFMG e presidente do comitê didático-pedagógico da formação transversal, em entrevista recente ao Portal UFMG. “Estamos constituindo essa rede para que o aluno possa ser exposto a uma diversidade que amplie o seu prisma do que seja atividade cultural e não olhe apenas para as mais hegemônicas. As culturas envolvem processos de criação, visões de mundo e filosofias muito diversificados”, completou.
Para completar o seu Passaporte cultural – que é físico e tem o formato de um livreto, semelhante ao do documento tradicional –, o aluno deverá frequentar o mínimo de 45 horas e o máximo de 90 horas de atividades variadas. Cada atividade frequentada, independentemente de sua duração real, equivalerá ao cumprimento da carga horária de uma hora e meia.