Instalação desenvolvida com participação do Grupo de Pesquisa Graft, da UFMG, tornou-se atração permanente do Museu das Minas e do Metal, que integra o circuito cultural da Praça da Liberdade, em Belo Horizonte. Trata-se da interface interativa Pedras Sabidas, que potencializa o contato do visitante, incluindo deficientes visuais, com o acervo. A instalação é fruto do projeto de pesquisa TI em Museus de Alta Complexidade: MM Gerdau como estudo de caso, que, por sua vez, integra convênio entre a UFMG e o museu, coordenado pela professora Ana Cecília Rocha Veiga e com participação da professora Paula Odete Fernandes, do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), Portugal. O visitante pode manusear cinco pedras da coleção do Museu das Minas e do Metal. A suspensão da amostra escolhida aciona, automaticamente, uma narração sobre suas características e dispara textos e imagens ampliadas das pedras na tela do expositor. É possível, ainda, manusear duas amostras simultaneamente, o que proporciona uma avaliação comparativa. Optou-se por um design minimalista em preto, de modo que o suporte “desapareça” para que seu conteúdo seja realçado. A concepção do protótipo da instalação resultou de pesquisa de mestrado do engenheiro português Roberto Ivo Fernandes Vaz, coordenador executivo da interface e doutorando em Media Digitais na Universidade do Porto e Universidade do Texas em Austin. Como explica a professora Ana Cecília Rocha Veiga, da Escola de Arquitetura, o projeto que gerou a instalação esteve inserido em contexto de aprendizagem hands-on, mediado tecnologicamente. As amostras em exposição, quando manuseadas, revelam detalhes da sua própria “história de vida”, como processos de formação, características físicas, aplicações atuais e passadas. Esses conteúdos educacionais são apresentados recorrendo à multimídia interativa, na forma de imagens, texto e locuções. Os resultados do projeto serão divulgados por meio da publicação de artigos e de uma cartilha destinada a apoiar a multiplicação da experiência em outros museus.