Leiliane André promete diálogo e firmeza ao tomar posse na direção da Faculdade de Farmácia

A Faculdade de Farmácia conta, desde ontem, com nova diretoria para os próximos quatro anos. As professoras Leiliane Coelho André e Micheline Rosa Silveira tomaram posse em solenidade no Auditório Aluisio Pimenta, da Unidade. Leiliane substitui o professor Gerson Pianetti, de quem foi vice-diretora.

Leiliane André [foto] prometeu gestão colaborativa, com participação de professores, servidores técnico-administrativos e estudantes. “Estamos comprometidas a ter olhar e escuta diferenciados, parte da nossa essência feminina, sem abdicar da firmeza. Somente assim será possível solucionar os desafios vindouros”, disse.

Ela afirmou que vai trabalhar pela execução do Centro de Serviços Farmacêuticos (Cesfar), que visa à assistência integral aos pacientes, em parceria com outros setores da Faculdade e da Universidade, e pela conclusão do Bloco 1, que tem inauguração prevista para agosto de 2017.

“A Diretoria será mola propulsora nas articulações institucionais, favorecendo a formalização de convênios e parcerias e fomentando eventos científicos, juntamente com os cursos de pós-graduação. Vamos ampliar as atividades de pesquisa e fortalecer estruturas e iniciativas que possam reafirmar a excelência da nossa Unidade Acadêmica”, disse Leiliane André. (Leia a íntegra do discurso.)

O reitor Jaime Ramírez [foto] destacou que será imprescindível conjugar esforços com a nova gestão para transformar em realidade os planos que ela tem para a Unidade. Ele lembrou a tradição e a qualidade do trabalho realizado pela Faculdade em sua história centenária, ressaltando “a característica interdisciplinar de várias das ações e a interação continuada com outras unidades da UFMG, condição indispensável para o fazer acadêmico na realidade contemporânea”.

Sobre a conjuntura atual e os acontecimentos recentes na UFMG, Ramírez afirmou que é louvável a defesa da Universidade pública e gratuita, assim como a crítica às limitações de orçamento para educação e saúde, mas salientou que “a UFMG deve ser de todos e não pode se fechar à sua própria comunidade e à sociedade”.

“Saímos desse processo machucados, divididos. E é importante ter humildade e sabedoria para reconhecer que este não é o caminho que queremos para a nossa Universidade. O diálogo e o respeito ao outro devem prevalecer em todas as situações”, completou o reitor.

Nos bastidores
Ao se despedir de seu segundo mandato à frente da Faculdade de Farmácia, Gerson Pianetti [foto] destacou a excelência da Unidade, reconhecida nacionalmente por sua condição de liderança. Falou de sua frustração com obras ainda inacabadas e prometeu que atuará nos bastidores para ajudar na “árdua missão de ver realizados antigos projetos”. Segundo ele, “cada passo para o engrandecimento dessa Casa deve ser resultado de esforço conjunto”.

O agora ex-diretor também comentou a fase recente de protestos e ocupações. Elogiou a Administração Central, que soube conduzir o processo sem necessidade de usar a força. Pianetti concluiu sua fala dizendo que é preciso continuar o trabalho para “comemorar a cada dia uma nova vitória. As novas diretoras não estarão sozinhas.”

Os professores Edson Perini e Luci Sant’Ana Dusse também subiram ao palco para homenagear, respectivamente, a gestão que se despedia e a que chegava. Perini disse que a última diretoria encontrou “caminhos diversificados para aproximar saberes e enfrentar as diversas formas de isolamento”. Acrescentou que Gerson Pianetti e Leiliane André ajudaram a “construir motivos para que nós sejamos mais felizes hoje que ontem”.

Luci Dusse enumerou as qualidades profissionais e pessoais das colegas que assumem a direção da Farmácia – “valores que não cabem no Lattes”–, destacando aspectos como sensatez, competência, capacidade de agregar conhecimentos e reduzir barreiras.