Os alunos de graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFMG Lucas Leonel Fukuda, Octavio Henrique Pena e Thomaz Yuji Baba receberam menção especial do concurso ArchiContest, da Itália, cujo resultado foi conhecido em janeiro deste ano. Eles lançaram mão de influências da arquitetura brasileira para elaborar proposta de construção de uma escola de artesãos no distrito de Cannaregio, em Veneza, dedicada às três principais manifestações da região: o papel machê, o vidro e o tecido. O concurso solicitava a conciliação da tradição dos ofícios regionais com a arquitetura contemporânea. Para o nível do chão, os estudantes projetaram um espaço aberto, também adequado a eventos, que facilitasse a interação e que possibilitasse o contato visual com os andares superiores. A demanda do concurso por um auditório foi atendida com o modelo das arenas abertas, à semelhança dos teatros romanos. Os pisos superiores seriam destinados às aulas e laboratórios, e cada um deles serviria simultaneamente às atividades das três modalidades de artesanato. Ao mesmo tempo que todos se conectam, há soluções que garantem privacidade. “Partimos do pressuposto de que o que difere a produção do artesão da produção industrial é a relação entre as pessoas, sua inserção no ambiente social e cultural. Por isso, procuramos promover a interação, o tempo todo”, explica Octavio Pena, que faz intercâmbio em Lisboa. Ele conta que o trabalho foi realizado em apenas uma semana, no início do ano, e que o layout do banner em que o projeto foi apresentado também recebeu nota alta, contribuindo para a conquista da menção por parte dos julgadores. As vencedoras do ArchiContest foram as também brasileiras Thais de Freitas e Marina Violin, vinculadas à PUC Campinas.