Fotos de Foca Lisboa / UFMG |
Na cerimônia de posse como diretor da Escola de Belas Artes (EBA), realizada no final da tarde de hoje, o professor Cristiano Gurgel Bickel assumiu o compromisso de conduzir a unidade “de forma democrática e participativa, valorizando a transparência, o fortalecimento e a integração da comunidade”. Ele disse ainda que pretende equilibrar os diversos interesses e reforçar a união entre a Escola e a sociedade. A solenidade contou com a presença do reitor Jaime Ramírez e da vice-reitora Sandra Goulart Almeida, de diretores de unidades e ex-diretores da Belas Artes, além de docentes, técnicos e alunos. Bickel foi vice-diretor por mais de dois anos e ocupou interinamente a diretoria desde fevereiro, após o término do mandato da professora Bya Braga. Foi escolhido em março para gerir a EBA no quadriênio 2017-2021. Ao dar boas-vindas a Cristiano Bickel, o reitor Jaime Ramírez manifestou a convicção de que “compartilharemos não apenas a gestão da instituição, mas também seus ideais mais nobres”. Disse que o novo diretor e sua equipe terão muito trabalho pela frente e que devem “estar certos de que poderão sempre contar conosco”. “Aos chegar aos 60 anos de existência, a Escola de Belas Artes consolida sua identidade plural e dinâmica. Pretendo trabalhar pelo desenvolvimento da EBA, tendo sempre em vista o interesse público e a valorização das pessoas”, disse Bickel. Ele destacou ainda a importância de difundir a produção artística e científica e de trabalhar em consonância com a Administração Central da Universidade. Construção coletiva e crítica Ramírez lembrou também que a Escola cresceu muito nos últimos anos, com os recursos do Reuni, e que ela anseia pela conclusão das obras que a transformem em espaço mais propício a suas diversas atividades. O reitor anunciou, a propósito, que levará às instâncias superiores da UFMG um projeto visando à finalização de todas as obras já iniciadas na instituição. “Cabe à gestão da Universidade construir alternativas, apesar das dificuldades”, afirmou Jaime Ramírez.
Efetividade social
Cristiano Bickel [foto], que atua sobretudo na área de escultura, apresentou pontos de seu programa de gestão, elaborado, segundo ele, com base em intenso aprendizado em seu cotidiano como vice-diretor. Anunciou que o programa é estruturado em aspectos como desenvolvimento institucional, revitalização de espaços, valorização da memória, simplificação administrativa e compartilhamento de informações. O diretor empossado hoje prometeu também a defesa das artes, da ciência e da cultura, aliadas à educação de qualidade e à efetividade social.
O decano da Congregação da Escola de Belas-Artes, professor Evandro Lemos da Cunha [foto], ressaltou a juventude e a disposição do novo diretor para trabalhar pela evolução das relações democráticas na EBA. “Sobretudo em um momento de crise institucional como este que vivemos, a democracia é a forma mais acertada de nos relacionarmos, preservando o debate e a escuta das diferenças”, afirmou.
Na saudação ao diretor empossado, o professor Fabrício Fernandino lembrou a trajetória de sua relação acadêmica e de amizade com Bickel, de quem foi professor e orientador, antes de se tornarem colegas. “Tenho confiança em que a gestão que se inicia vai renovar a vocação da EBA, que é uma escola de artistas, para formação de artistas. Uma escola de arte tem que ser dinâmica e se adaptar sempre a novas formas de criar”, afirmou Fernandino, que representou os docentes da unidade.
O reitor Jaime Ramírez agradeceu à professora Bya Braga pelo esforço e dedicação nos últimos quatro anos e disse ter certeza de que “a EBA está em ótimas mãos, que saberão conduzir a Escola com sabedoria e responsabilidade, promovendo a construção coletiva e crítica de políticas institucionais em seus vários campos de atuação”.
Para Ramírez [foto], a Escola de Belas Artes “é peça fundamental para uma agenda de ações que dê visibilidade a cada uma de nossas áreas de conhecimento e que propicie a aproximação criativa entre elas”. Segundo ele, é preciso encontrar novos pontos de convergência, abandonar o “conforto de nossas especialidades”. “E não se trata de polidez ou moda, mas de exigência do conhecimento que se renova.”