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A exposição Sentidos do nascer vai ganhar nova temporada neste semestre, como uma das atividades que integram as comemorações dos 90 anos da UFMG. Interativa, a mostra visa derrubar mitos relacionados ao nascimento e ao parto normal e orientar sobre os prejuízos que as cesarianas desnecessárias oferecem à saúde da mulher e do bebê. A reabertura da exposição é hoje (quinta, 4). A partir de então, ela poderá ser visitada toda quinta-feira, das 9h às 21h, até a 69ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que será realizada de 16 a 22 de julho, no campus Pampulha. Na semana da reunião, a mostra poderá ser visitada diariamente, no mesmo horário. A exposição Sentidos do nascer está montada ao lado do Restaurante Universitário Setorial 1, que fica entre a Faculdade de Educação (FaE) e o Instituto de Geociências (IGC). Durante todo o horário de visitas haverá monitores para instruir os visitantes sobre a mostra. Bernardo Jefferson, professor da FaE e historiador da ciência, idealizador da mostra, explica que, graças à forma como a mostra trata os benefícios do parto normal, a Prefeitura de Belo Horizonte tem-se valido de sua estrutura para oferecer aos profissionais de saúde do município pequenos cursos de formação continuada. “Sentidos do nascer pretende contribuir para a mudança da percepção sobre o nascimento, incentivando a valorização do parto normal para a redução da cesariana desnecessária. A cesariana é uma cirurgia indicada quando o parto normal não é possível, ou seja, uma exceção que, no Brasil, virou regra”, explica Bernardo. O professor lembra que a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o percentual de cesarianas realizadas esteja entre 10 e 15% do total de partos, mas, no Brasil, 57% dos bebês nascem por meio desse tipo de procedimento. “Na rede privada, esse índice chega a 80%”, afirma o professor. Mais informações sobre a exposição Sentidos do nascer podem ser obtidas no site do projeto ou acompanhadas em sua página no Facebook.