Uma série de atividades artístico-culturais – todas gratuitas – integra a programação da 5ª Semana de Saúde Mental e Inclusão Social da UFMG, que começa nesta segunda-feira, 15, e segue até dia 19, em diferentes espaços da Universidade, como o auditório, o mezanino e o gramado da Reitoria, a Praça de Serviços, a Faculdade de Medicina e a Escola de Arquitetura. Algumas dessas atividades serão realizadas já neste sábado, 13, antes mesmo da abertura ofical da Semana. Confira as atividades que integram o evento ou se relacionam à sua temática: 13 de maio 13 a 30 de maio 15 a 19 de maio 15 de maio a 9 de junho 18 de maio Ainda no dia 18... 20 de maio Em outros dias da semana, ainda haverá oficina de confecção de fantasias, exibição de filme, oficina de improvisação em dança e o tradicional desfile de 18 de maio [Foto: Divulgação / Espaço do Conhecimento UFMG], cuja concentração será realizada na Praça da Liberdade, a partir das 14h. A programação completa da 5ª Semana de Saúde Mental e Inclusão Social da UFMG pode ser consultada no site do evento.
O Espaço do Conhecimento abriga sarau musical a partir das 11h, com o grupo coral São Doidão, que surgiu nos centros de convivência de saúde mental de Belo Horizonte e é formado por artistas com sofrimento psíquico. Na ocasião, o grupo vai apresentar composições próprias e releituras de clássicos da MPB.
Às 10h do dia 13, começa a funcionar a exposição Em tempos de luta, na cafeteria do Espaço do Conhecimento. Em cartaz até o dia 30, a mostra reúne doze cartazes que, criados por pacientes psiquiátricos, divulgam o desfile anual da escola de samba Liberdade Ainda Que Tan Tan, que celebra a mudança na política de assistência ao sofrimento mental no Brasil e o fim dos sanatórios. Os horários de visitação são os mesmos de funcionamento do museu.
Será aberta às 14h do dia 15 a exposição "Cidade dos loucos” viagem ao inferno: uma tragédia silenciosa, que dá acesso a uma coletânea de fotos sobre o Hospital Colônia de Barbacena. A mostra tem por base o livro Holocausto brasileiro – vida, genocídio e 60 mil mortes no maior hospício do Brasil, da jornalista Daniela Arbex, e funcionará até dia 19. Ela será montada no térreo da Faculdade de Medicina da UFMG, no corredor do Centro de Memória da faculdade (Cememor).
Às 18h do dia 15, será aberta a exposição Follia, a loucura que sua normalidade nunca viu, no mezanino da Reitoria. Serão apresentados aspectos da luta pela liberdade e cidadania daqueles que um dia estiveram nos chamados “porões da loucura”. Planejada pelos alunos do 6º período do curso de Museologia e coordenada por professoras da UFMG, a mostra contou com a participação de trabalhadores, familiares e usuários de serviços de saúde mental de Belo Horizonte.
No Dia Nacional da Luta Antimanicomial, o bosquinho da Reitoria vai receber a instalação Livro vivo, espécie de “biblioteca humana” em que pessoas estigmatizadas se oferecem para serem “lidas” pelo público. Serão duas sessões de 40 minutos, uma às 9h e outra às 10h30.
...a Fachada Digital do Espaço do Conhecimento vai exibir o vídeo De tempo e luta: desfiles da luta antimanicomial, que resgata imagens de antigos desfiles da escola de samba Liberdade Ainda Que Tan Tan, da qual participam pessoas acometidas por sofrimento mental. Das 19h às 21h30, com exibições de meia em meia hora.
Às 11h, o Espaço do Conhecimento vai abrigar em seu Café Controverso o debate O que é, o que não é arte?, com Lucia Castello Branco, professora da Faculdade de Letras da UFMG que é também escritora e psicanalista, e com o ator, artista visual e diretor de teatro Wesley Simões. Eles vão conversar sobre as fronteiras entre loucura e sanidade, com destaque para o papel da arte nessa relação.