Concerto no Conservatório revive história de amor de Marília e Dirceu

O projeto Conexões do Conservatório UFMG recebe na noite de hoje, 16, o tenor Wellington Vilaça e o violonista Celso Faria para a apresentação Todas as Marílias de Dirceu. O concerto, gratuito, começa às 20h e tem como tema o amor vivido pela jovem Maria Dorothea Joaquina de Seixas e o poeta português Thomaz Antônio Gonzaga.

Considerado o mais proeminente dos poetas árcades, Gonzaga é autor do livro Marília de Dirceu, no qual eternizou versos para Dorotéia, suposta musa que inspirou Marília. O casal participou ativamente da Inconfidência Mineira, precursor do processo que conduziu à separação do Brasil de Portugal.

Várias das canções no repertório valeram-se de algumas liras contidas no livro Marília de Dirceu, outras tiveram seus textos escritos por letristas anônimos.

Os músicos escolheram 16 canções para compor o repertório: duas obras de autores anônimos, 12 atribuídas ao compositor português Marcos Portugal e duas de autoria de dois importantes representantes da música brasileira da primeira metade do século XIX: José Maurício Nunes Garcia e Cândido Inácio da Silva.

Os músicos
Fotos: divulgação
Celso Faria é bacharel em violão pela UFMG e especialista em música brasileira pela Uemg. Também foi aluno de violão na Fundação de Educação Artística de Belo Horizonte e de música de câmara na Uerj. Com repertório que se estende do período renascentista ao século 21, o músico tem se apresentado como recitalista de violão solo, integrante de formações camerísticas ou como solista orquestral.

Bacharel em canto e especialista em música brasileira pela Uemg, Wellington Vilaça integra o Coral Lírico de Minas Gerais desde 1995. Em 2001, foi professor de declamação lírica da Escola de Música da Uemg, onde coordenou e dirigiu o Grupo Experimental de Ópera Geraldo Chagas. Como solista atuou em Orfeo, de Claudio Monteverdi (2001), A flauta mágica, de Wolfgang Mozart (2004), e Ganni Schicchi, de Giacomo Puccini (2005).

O Conservatório UFMG fica na Avenida Afonso Pena, 1534, no centro de Belo Horizonte.

Programa:

Obras de autor anônimo
No regaço da ventura
Acasos são estes

Marcos Portugal (1762-1830)
Ária III - Os mares, minha bela, não se movem
Ária IV - De que te queixas, língua importuna
Ária VIII - Ah! Marília, que tormento
Ária XI - Por morto, Marília, aqui me repouso

José Maurício Nunes Garcia (1767-1830)
Marília, se me não amas

Cândido Inácio da Silva (1800-1838)
Minha Marília não vive

Aníbal Augusto Sardinha - Garoto (1915-1955)
Lamentos do Morro
Debussyana
Jorge do Fusa

Jayme Ovalle (1894-1955)
Modinha
Azulão

Oscar Lorenzo Fernandez (1897-1948)
Dentro da noite
Vesperal

Heitor Villa-Lobos (1887-1959)
Lundu da Marquesa de Santos
Viola quebrada