Universidade Federal de Minas Gerais

Seminário vai pôr em discussão papéis e representação das mulheres nas guerras

quinta-feira, 25 de maio de 2017, às 9h04

Os papéis e a representação das mulheres nos conflitos bélicos são geralmente negligenciados. Com base nessa convicção, pesquisadores da UFMG, da PUC Minas e do Cefet-MG vão se reunir nos dias 1º e 2 de junho, quinta e sexta-feira, para o Seminário Mulheres e guerra. A ideia é discutir e propor novas visões sobre o tema.

Debates palestras, mesas-redondas, uma conversa com a escritora Guiomar de Grammont e a exibição do documentário Diário de uma guerrilheira vão ocupar o auditório 3 do prédio 43 da PUC Minas.

A programação do evento é composta de cinco mesas, em que serão tratados tópicos como as funções das mulheres nas guerras, reminiscências e registros de conflitos e representação feminina nesse contexto. As intervenções vão abordar aspectos como a repressão sofrida pelas mulheres durante a Guerra Civil Espanhola (tema do professor da UFMG Volker Jaeckel) e os olhares femininos sobre a violência da guerra colonial moçambicana no livro O alegre canto da perdiz, de Paulina Chiziane.

Debates darão início às agendas dos dois dias do seminário. O primeiro deles, mediado pelo professor da PUC Audemaro Goulart, terá a participação da professora da Faculdade de Letras da UFMG Sandra Goulart Almeida, que falará sobre guerras, violências e paz, quando narradas por mulheres. Sob mediação da professora Ivete Walty, da PUC Minas, o segundo debate terá a presença de Adélcio de Sousa Cruz, da Universidade Federal de Viçosa, que vai tratar de narrativas de volatilidade da vida da mulher na guerra.

Conversa com escritora
UFSC
image.jpg Lançado em 2015, o romance Palavras cruzadas, da escritora Guiomar de Grammont [foto], professora da Universidade Federal de Ouro Preto, será o tema de conversa que contará com presença da própria autora e mediação do professor Alexandre Abreu, da PUC Minas. O livro trata de memória e esquecimento ao narrar a angústia de uma família que jamais pôde enterrar um de seus filhos, desaparecido político durante a ditadura no Brasil.

O evento é realizado pelo grupo África e Brasil: repertórios literários e culturais, da PUC Minas, e pelo Núcleo de Estudos de Guerra e Literatura, da Faculdade de Letras da UFMG.

A PUC Minas fica na avenida Dom José Gaspar, 500, bairro Coração Eucarístico.