Os papéis e a representação das mulheres nos conflitos bélicos são geralmente negligenciados. Com base nessa convicção, pesquisadores da UFMG, da PUC Minas e do Cefet-MG vão se reunir nos dias 1º e 2 de junho, quinta e sexta-feira, para o Seminário Mulheres e guerra. A ideia é discutir e propor novas visões sobre o tema. Debates palestras, mesas-redondas, uma conversa com a escritora Guiomar de Grammont e a exibição do documentário Diário de uma guerrilheira vão ocupar o auditório 3 do prédio 43 da PUC Minas. A programação do evento é composta de cinco mesas, em que serão tratados tópicos como as funções das mulheres nas guerras, reminiscências e registros de conflitos e representação feminina nesse contexto. As intervenções vão abordar aspectos como a repressão sofrida pelas mulheres durante a Guerra Civil Espanhola (tema do professor da UFMG Volker Jaeckel) e os olhares femininos sobre a violência da guerra colonial moçambicana no livro O alegre canto da perdiz, de Paulina Chiziane. Debates darão início às agendas dos dois dias do seminário. O primeiro deles, mediado pelo professor da PUC Audemaro Goulart, terá a participação da professora da Faculdade de Letras da UFMG Sandra Goulart Almeida, que falará sobre guerras, violências e paz, quando narradas por mulheres. Sob mediação da professora Ivete Walty, da PUC Minas, o segundo debate terá a presença de Adélcio de Sousa Cruz, da Universidade Federal de Viçosa, que vai tratar de narrativas de volatilidade da vida da mulher na guerra. Conversa com escritora O evento é realizado pelo grupo África e Brasil: repertórios literários e culturais, da PUC Minas, e pelo Núcleo de Estudos de Guerra e Literatura, da Faculdade de Letras da UFMG. A PUC Minas fica na avenida Dom José Gaspar, 500, bairro Coração Eucarístico.
UFSC
Lançado em 2015, o romance Palavras cruzadas, da escritora Guiomar de Grammont [foto], professora da Universidade Federal de Ouro Preto, será o tema de conversa que contará com presença da própria autora e mediação do professor Alexandre Abreu, da PUC Minas. O livro trata de memória e esquecimento ao narrar a angústia de uma família que jamais pôde enterrar um de seus filhos, desaparecido político durante a ditadura no Brasil.