A exposição Follia, que propõe uma narrativa da loucura sob a ótica da arte, da literatura, da memória e da história, pode ser visitada até a próxima sexta-feira, dia 9, no mezanino da Reitoria, campus Pampulha. O trabalho foi estruturado por alunos do sexto período do curso de Museologia da Escola de Ciência da Informação, sob a coordenação das professoras Verona Campos Segantini e Jussara Vitória de Freitas. A mostra, desdobramento da 5ª Semana de Saúde Mental e Inclusão Social da UFMG, realizada no mês passado, revive aspectos históricos e políticos da luta antimanicomial no Brasil. A pesquisa que resultou na exposição contou com a participação de trabalhadores, familiares e usuários dos serviços de saúde mental. Literatura e loucura A parte memorialística reúne fotografias, impressos, programações de eventos e textos de jornais, como a famosa reportagem A sucursal do inferno, de José Franco, publicada na revista O Cruzeiro, em 1961, que denunciava os horrores do Hospital Colônia de Barbacena. Outros ambientes resgatam a trajetória do movimento pelo fim dos leitos psiquiátricos e de um dos seus principais ativistas, o psiquiatra Cezar Rodrigues Campos, e os centros de convivência, que surgiram nos anos 1990 para garantir um serviço terapêutico socializador e inclusivo. A exposição pode ser visitada das 8h às 22h. Confira algumas imagens.
Uma das seções promove a aproximação de personagens criados por Cervantes, Shakespeare, Machado de Assis, Lima Barreto e Guimarães Rosa. Os trechos apresentados revelam faces da loucura, como a rua e o hospício, a repulsa e a curiosidade, o abandono e a exclusão.