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Será lançada nesta segunda, 10, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, a segunda fase do Memorial da democracia, museu digital dedicado à luta pela democracia. Foram acrescentados mais de 300 episódios de história do Brasil e 24 capítulos especiais que retratam o país desde a revolução de 1930 até o golpe civil-militar de 1964. O Memorial, que resulta de parceria entre o Instituto Lula e o Projeto República, núcleo de pesquisa, documentação e memória da UFMG, foi concebido por jornalistas, historiadores, educadores e artistas. A cerimônia de lançamento, que terá início às 19h30, contará com a participação do ex-presidente Lula e do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel. O Palácio das Artes fica na Avenida Afonso Pena, 1.537. O Memorial da Democracia, que pode ser acessado por computadores, tablets e celulares, tem proposta multimídia: oferece textos, fotos, charges, desenhos, cartazes, panfletos e documentos, reproduções de notícias da imprensa, exemplares virtuais de jornais, áudios com trechos de canções e discursos, segmentos de filmes e vídeos, entre outros recursos. Parte do conteúdo foi elaborado em linguagem mais leve e lúdica, com o objetivo de atingir os jovens. Estão disponíveis quatro módulos: 1930-1945: Um projeto de país (mas sem democracia); 1945-1864: Democracia de massas; 1964-1985: 21 anos de resistência e luta; 1985-2002: Reconstruindo a democracia. Em breve, serão contempladas outras épocas e temas, como a República Velha, o Império e os movimentos republicanos, as lutas contra a escravidão, as revoltas e conjurações pela independência, a resistência dos índios por sua terra, liberdade e cultura e os primeiros tempos do Brasil-Colônia. Por ora, o portal tem conteúdo apenas em português, mas estão sendo preparadas versões em espanhol e inglês. Denso e acessível Outras informações sobre o portal e o evento de lançamento estão na página do projeto no Facebook.
A equipe do Projeto República participou do processo de seleção e pesquisa básica dos eventos históricos, além de pesquisa de imagens, que são apresentadas de forma a compor narrativa interessante para a consulta pela internet. “Produzimos material com densidade acadêmica e o transformamos para aproveitamento de um público mais amplo, sempre com a preocupação de não comprometer essa densidade”, explica o pesquisador Rafael da Cruz, que coordenou a participação do núcleo da UFMG no Memorial da Democracia.