Carla Pedrosa / BU Em geral, a marca também contém um brasão ou desenho e a expressão "ex-libris", seguida do nome do proprietário. Serve assim como complemento circunstancial de origem que indica que determinado livro é propriedade de alguém ou de alguma biblioteca. “Arrematei um significativo lote de ex-libris em um leilão num sebo do Rio de Janeiro e percebi que formavam um pequeno acervo com boas peças. Por conhecer o trabalho feito na Divisão de Coleções Especiais e Obras Raras, resolvi doar todos os ex-libris do meu acervo para a UFMG, onde poderão ser mais bem cuidados, estudados e apreciados”, justifica Alexandre Medeiros. Na Divisão de Coleções Especiais da UFMG, a maioria dos ex-libris está fixada em livros do século 16 ao 20. São centenas de itens em suas mais diversas manifestações: manuscritos, tipográficos, gravuras em metal, xilogravuras, selos, impressos e manuscritos, entre outros. O mais antigo é um ex-libris de Robert Estienne, impressor parisiense do século 16 conhecido por ter sido o primeiro a imprimir a Bíblia com capítulos e versículos numerados. “A partir da década de 1940, conseguimos observar, na Coleção de Ex-libris soltos da UFMG, trabalhos de artistas brasileiros, como Alberto Lima. A doação do Alexandre completa a coleção desse artista, com itens que ainda não tínhamos. Receber esses documentos e poder divulgá-los é muito gratificante”, afirma a bibliotecária Diná Araújo.
A Divisão de Coleções Especiais e Obras Raras da Biblioteca Universitária da UFMG (Dicolesp) recebeu, recentemente, 22 ex-libris doados pelo bibliotecário e colecionador Alexandre Medeiros. Expressão em latim que significa “Dos livros”, ex-libris é uma marca inscrita em vinheta, geralmente colada na contracapa ou na página de rosto de um livro, para indicar quem é seu proprietário.