A Reitoria da UFMG e as direções da Faculdade de Ciências Econômicas, do Cedeplar e do Programa de Pós-graduação em Demografia repudiaram a agressão sofrida pelo estudante Shane Landry, na madrugada de sexta-feira, 26, no centro de Belo Horizonte. Landry, que é norte-americano e estuda demografia na UFMG há dois anos e meio, acredita que a agressão cometida por três rapazes teve motivação homofóbica. “Estávamos atravessando a Avenida Afonso Pena, no cruzamento com Rua Espírito Santo, quando fomos abordados pelos três 'monstros' que nos perguntaram: 'Vocês estão rindo de quê?'. Nesse momento, eles começaram a nos bater”, relatou Shane. “Condenamos e repudiamos, de forma veemente, qualquer forma de discriminação ou preconceito por orientação sexual ou qualquer ação que fira a dignidade das pessoas e reiteramos nosso compromisso com a erradicação de todas as formas de intolerância e violação dos direitos humanos”, declararam, por meio de nota, o reitor Jaime Ramírez e a vice-reitora Sandra Almeida. A nota emitida pelos dirigentes da Universidade também destaca que a Instituição expressa sua “confiança nas autoridades mineiras, responsáveis pela apuração dos fatos e responsabilização dos culpados”. “Unimo-nos para acolhê-lo e apoiá-lo neste momento de dor. Não podemos nos calar diante de um crime de homofobia”, manifestaram-se, também por meio de nota, as professoras Paula Miranda Ribeiro, diretora da Face, Mônica Viegas Andrade, diretora do Cedeplar, e Laura Lídia Rodrigues Wong, coordenadora do curso de Pós-graduação em Demografia, programa ao qual Shane Landry está vinculado. No documento, as três professoras lembram que o Conselho Universitário editou, no ano passado, resolução que proíbe atos discriminatórios e violações de direitos humanos: “Lamentavelmente, nossas regras não protegem os membros da nossa comunidade em situações como essas”.