Agência de Notícias UFMG
No momento em que a UFMG atravessa “possivelmente a crise financeira mais difícil”, o reitor Jaime Ramírez pediu apoio à comunidade acadêmica não apenas para que seja mantida, mas elevada a qualidade da Instituição. Ele destacou que a Universidade já deu mostras, em várias gerações, “de que sempre foi resiliente, capaz de suportar qualquer ataque, seja quando lhe foi tirada a liberdade ou quando foram feitos simples cortes financeiros”.
Na cerimônia de entrega do Prêmio de Teses UFMG 2015, realizada na noite dessa quinta-feira, 22 de outubro, Ramírez afirmou que a melhor maneira de superar a crise é investir mais no futuro do país, “e isso quer dizer investir em educação”. A lista dos trabalhos pode ser conhecida na matéria do Portal da UFMG (https://www.ufmg.br/online/arquivos/040565.shtml).
Em referência ao tema Luminosidades, que guia esta edição da Semana do Conhecimento UFMG, na qual se insere a premiação de teses, Jaime Ramírez externou o desejo de que os jovens pesquisadores agraciados “possam fazer luz nos campos em que atuam, dando exemplo de dedicação, superação, rigor e excelência, muito caro à Universidade”.
Posição solidária
O reitor agradeceu a posição solidária e institucional dos diretores de unidades acadêmicas e de coordenadores de pós-graduação nesse momento de dificuldade. Afirmou que programas de pós-graduação qualificados são indicadores seguros da maioridade de qualquer instituição e são “o lastro do compromisso das instituições públicas que queiram crescer”.
Lembrou que 31 dos 78 programas de pós-graduação da UFMG gozam do conceito 6 ou 7 e que somados aos 39 com conceito 5 “conferem posição de destaque no cenário nacional. “Se, por um lado, não fazemos mais do que a nossa obrigação, por outro coloca o tamanho do desafio que temos pela frente: não apenas manter a qualidade, mas sobretudo elevá-la. Não pode ser outro o compromisso de uma instituição como a nossa”, reiterou.
No que se refere à pesquisa e à pós-graduação, afirmou que a Universidade não deve almejar apenas maior número de publicações, mas melhores e mais complexos trabalhos, que tenham resposta imediata ou tragam, em algumas décadas, benefícios para a coletividade.
Aos 39 jovens pesquisadores agraciados com o Prêmio UFMG de Teses 2015, o reitor transmitiu os cumprimentos da Universidade por seu excelente trabalho e afirmou que a distinção oferecida diz respeito sobretudo à dedicação e ao brilhantismo com que desenvolveram suas áreas.
“Esperamos que esse prêmio não seja apenas mais uma linha no currículo, mas lembre sempre a vocês o compromisso com os valores de qualidade que aqui aprenderam. Que cultivem também os valores dos que nos precederam e que nos trouxeram até aqui, ajudando nossa sociedade a resolver algumas das inquietudes do nosso tempo, mas principalmente ajudando a formar as novas gerações”, completou.
Otimismo
O pró-reitor de pós-graduação, Rodrigo Duarte, também se mostrou otimista e destacou o crescimento da qualidade do sistema de pós-graduação da UFMG. Para Duarte, os cortes no financiamento das pesquisas têm revelado a robustez do sistema. “Usando uma metáfora, se a intenção era cortar gorduras, percebemos que não havia gorduras a cortar, mas o sistema tinha criado músculos”.
Além do desempenho da Universidade na avaliação trienal da Capes, Duarte citou como indício de maior qualidade a presença de sete teses agraciadas com prêmio ou menção honrosa no Prêmio Capes 2015 (https://www.ufmg.br/online/arquivos/039849.shtml).
Também compuseram a mesa na solenidade de entrega do Prêmio de Teses UFMG 2015 a vice-reitora Sandra Goulart Almeida, o pró-reitor adjunto de pós-graduação, Humberto Stumpf, a pró-reitora de pesquisa, Adelina Martha dos Reis e a adjunta de pesquisa, Mônica Maria Diniz Leão.
Na abertura da cerimônia, o hino nacional brasileiro foi executado pelas professoras da Escola de Música Margarida Borghoff e Luciana Dutra.
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