Equipe iGEM UFMG representa o Brasil em competição nos EUA | AgendaIN UFMG

Equipe iGEM UFMG representa o Brasil em competição nos EUA

Equipe de estudantes de graduação e de pós-graduação de diversos cursos da UFMG, coordenada por professores e pesquisadores do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), está desenvolvendo organismo geneticamente modificado que poderá representar nova alternativa para o tratamento de doenças inflamatórias como a artrite reumatoide. A proposta é levar o protozoário Leishmania donovani a sintetizar um anti-inflamatório, que será liberado diretamente na articulação do paciente que precisa desse medicamento.

O Evento
De 24 a 28 de setembro, o grupo da UFMG e equipes de universidades e centros de pesquisa de diversos países vão passar pela maratona da competição iGEM, que inclui apresentação oral e em pôster, e o envio de partes biológicas (fragmentos de DNA) usadas na pesquisa. O projeto será levado nesta semana ao Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em Boston (EUA), para a Competição Internacional de Máquinas Geneticamente Modificadas (iGEM, na sigla em inglês). Para esta edição da iGEM, a equipe da UFMG estabeleceu colaboração com o pesquisador Hira Nakhasi, do Food and Drug Administration (FDA), que sintetizou a Leishmania atenuada.

Depois de testadas pelos organizadores da competição, essas partes geneticamente modificadas passam a integrar uma espécie de catálogo aberto de fragmentos de DNA, por meio de página na internet, a pesquisadores de todo o mundo. “O produto final é patenteável, sendo propriedade da instituição e do grupo, mas as partes biológicas são abertas, o que produz uma aceleração da pesquisa, pois evita retrabalho”, esclarece Tiago Mendes. Um mesmo DNA, lembra ele, pode ser montado para produzir sistemas diferentes com funções e trabalhos completamente diversos.

A competição avalia as pesquisas concorrentes com base em várias categorias, como projeto técnico, ideia original, estágio da pesquisa ao qual a equipe conseguiu chegar e adoção de práticas humanas e políticas, o que envolve a divulgação da biologia sintética na respectiva comunidade. “Há um momento em que a plateia pode fazer perguntas, e é aí que tendem a surgir novas colaborações com pesquisadores de outras instituições e países”, diz Rodrigo Baptista, um dos integrantes da atual equipe e participante do grupo que representou a UFMG no ano passado.

Como resultados obtidos pelas equipes que participaram da competição em edições anteriores, há artigos publicados e produtos desenvolvidos em escalas industriais, como bactérias para produção mais eficiente de alimentos e kits para diagnóstico e identificação de contaminantes ambientais.

Para mais informações sobre o projeto, acesse o link abaixo.
Site UFMG_Brazil iGEM

http://2015.igem.org/Team:UFMG_Brazil/Our_Team