Artistas

Antônio de Bastião

 

Conheci Mestre Antônio em sua “casinha”, em Minas Novas, quando fui convidá-lo para ministrar uma oficina em Belo Horizonte, em 2006. Naquele momento, ele se recuperava de um acidente acontecido “lá na roça”. Deitado no sofá, ainda fazendo esforço para vencer as dores, recebeu-me com um sorriso largo e, imediatamente, passou a relatar o acidente e toda sua vida de devoto de Nossa Senhora do Rosário e São Sebastião e de tamborzeiro por tradição, herança e fé.

Passamos a tarde acertando sua vinda para Belo Horizonte. Saí de lá encantada com aquele homem tão sábio e generoso.

A partir daquele momento, tive a certeza de ter feito mais um amigo e, o melhor, um amigo protetor. Afinal, como ele mesmo diz: “O som dos tambores conversa com Deus. O som dos tambores conversa com o anjo da guarda. O som dos tambores bate forte no coração do ser humano. Os tambores são fonte de vida, de tudo”. A partir de então, nossos encontros foram muitos. Ricos e recheados de sabedoria.

Em Belo Horizonte, algumas falas me mostraram o Mestre Antônio guardião do cerrado, da natureza. Em Jequitinhonha, à beira do rio de mesmo nome, uma aula inesquecível sobre as plantas e seus poderes de cura. E, recentemente, em sua casa, muitas e muitas lições: de fé, de respeito à natureza, aos seres humanos e ao Divino. O compromisso com os ancestrais em preservar e repassar a tradição da fala dos tambores.

Conheçam também um pouco dessa pessoa especial e “artíssima” que é o nosso Mestre Antônio de Bastião.

*Trecho extraído do texto “Antônio Luiz de Matos – Mestre Antônio Bastião”, de Terezinha Maria Furiati, Produtora Cultural

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Oficina de Tambores Mestre Antônio Parte1
Oficina de Tambores Mestre Antônio Parte 2
Mestre Antônio de Bastião