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    Curso de Design passa a ser ofertado pelo Sisu

    Prova de percepção visual não é mais critério para seleção de candidatos

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    Curso forma para exercício profissional em grande diversidade de situações
    A partir deste ano, o curso de graduação em Design passa a preencher suas 60 vagas anuais por meio do Sistema de Seleção Unificado (Sisu) e não mais pelo vestibular de habilidades. A decisão – tomada pelo colegiado do curso, e aprovada pela congregação, pela Câmara de Graduação e pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) – foi precedida de amplo debate, ao longo do último ano, com alunos e professores.
    “A maioria decidiu pela exclusão da prova de percepção visual como forma de seleção”, explica o professor Glaucinei Rodrigues Corrêa, que esteve à frente das discussões, como coordenador do curso, em mandato que terminou no início deste mês.
    Segundo ele, prevaleceu o entendimento de que, sendo o design uma área de conhecimento que pode ser exercida em grande diversidade de situações, seria contraditório eleger uma única habilidade em prejuízo das demais, definidas no projeto pedagógico do curso.

    Entre tais capacidades estão o entendimento do design como gerador de produtos culturais, a sedimentação de estreito diálogo com os profissionais de diversas áreas, o domínio metodológico do processo de desenvolvimento de produto e uma acentuada capacidade de conceituação e abstração.

    Como base para o debate, também foi avaliada resolução do Ministério da Educação que define, no perfil almejado para o estudante de graduação em design, uma capacitação para a apropriação do pensamento reflexivo e da sensibilidade artística, de modo que o profissional formado “seja apto a produzir projetos que envolvam sistemas de informações visuais, artísticas, estéticas, culturais e tecnológicas, observados o ajustamento histórico, os traços culturais e de desenvolvimento das comunidades, bem como as características dos usuários e de seu contexto socioeconômico e cultural.”

    O curso 
    Com duração prevista de nove semestres, o curso de Design é ofertado, desde 2009, no período noturno, na Escola de Arquitetura (Rua Paraíba, 697, Bairro Funcionários, Belo Horizonte).

    As 60 vagas anuais são preenchidas em duas entradas – a metade em cada período letivo –, mas a seleção dos alunos será feita integralmente na primeira edição do Sisu 2018, cujas inscrições ocorrerão exclusivamente pela internet no período de 29 de janeiro a 1º de fevereiro (até as 23h59 do horário de Brasília).

    De acordo com Glaucinei Corrêa, a estrutura curricular do curso possui um tronco comum que se desdobra nas especificidades correspondentes aos três percursos do design adotados pela UFMG: produto, gráfico e construção. “O percurso pode ser escolhido pelo aluno e caracteriza-se como uma área temática no âmbito do design, tendo como objetivo propiciar uma formação mais especializada”, explica o professor.

    Ele destaca que “apesar de jovem”, o curso já tem muitos egressos no mercado de trabalho e coleciona premiações em concursos nacionais e internacionais, entre os quais o Concurso de Design da VolksWagem, o IdeaBrasil e o Prêmio Tok&Stok de Design Universitário.

    Fora do Sisu
    Os cursos presenciais de Artes Visuais, Cinema de Animação e Artes Digitais, Dança, Design de Moda, Música e Teatro não selecionam seus candidatos pelo Sisu, mas por meio do Vestibular Habilidades Específicas. Também contam com seleção própria os cursos de Licenciatura em Educação do Campo e Formação Intercultural para Educadores Indígenas.

    Nos três casos, as inscrições para o processo seletivo de 2018 estão encerradas. Outras informações sobre as formações que não estão sob o âmbito do Sisu podem ser obtidas na página da Comissão Permanente do Vestibular (Copeve).