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Nº 1634 - Ano 35
17.11.2008

Passado compartilhado

UFMG sedia quarta edição de evento sobre história
das Américas no período colonial

Manoella Oliveira

Depois de passar por Washington, Bogotá e Quito, o IV Simpósio Internacional de Estudos Sobre América Colonial (Caso) foi realizado em Belo Horizonte entre os dias 12 e 14 deste mês. O evento, promovido pelo Programa de Pós-Graduação em História da UFMG (PPGH) e pela Georgetown University, trouxe à capital mineira especialistas nacionais e estrangeiros para debater o tema sob a perspectiva de diversos ângulos – de bruxaria e inquisição a mestiçagens e construção de identidade na América Ibérica.

De acordo com o presidente da comissão organizadora e coordenador do PPGH, professor Eduardo França Paiva, essa edição propôs, pela primeira vez desde a criação do encontro, um eixo de discussão pautado pela diversidade e pela integração numa perspectiva não apenas temática, mas também metodológica. “Pelo menos desde o século 19, a América Colonial é estudada de forma fragmentada. Propomos uma mudança completa de enfoque. Temos que partir da nossa história compartilhada, pesquisar nossos problemas e valores comuns para compreendermos o presente”, defende.

Segundo França Paiva, um acontecimento emblemático, ainda que muito recente, e que pode ser pensado a partir dessas pesquisas, é a ascensão de Barack Obama à Presidência dos Estados Unidos. “Estudar comparativamente a América Colonial nos ajuda a entender esse fato assim como nos explica a ascensão de Lula, um operário pardo, no Brasil, e Evo Morales, de origem indígena, na Bolívia. Por que essas questões inéditas surgem agora no século 21? As exposições do simpósio nos forneceram subsídios para entender esse quadro”, acrescenta o professor.

O evento ampliou o diálogo entre os pesquisadores das muitas áreas que estudam a América no período colonial, permitiu o intercâmbio de trabalhos de diferentes países sobre o assunto e fomentou a reflexão por meio de fórum. Economia, representações políticas, literatura, antropologia e religiosidade, entre outros aspectos, convergiram para a composição do objeto de análise sob metodologias variadas.

Trilíngüe

Para marcar a multiplicidade, o simpósio teve como línguas oficiais o espanhol, o inglês e o português. Na abertura, um concerto de música colonial peruana, boliviana e brasileira foi apresentado pela Escola de Música da UFMG. Ainda em respeito à integração cultural, os 200 trabalhos selecionados, provenientes da Europa e das Américas, foram gravados em CD, em seu idioma original, e distribuídos a todos os participantes do evento. Entre 20 e 30 estudos apontados com destaque pelos organizadores de cada mesa-redonda serão escolhidos para compor um livro em conjunto com o conteúdo das cinco conferências. A publicação, a ser lançada no próximo ano, é parte da Coleção Olhares, parceria do PPGH com a Annablume Editora, de São Paulo.

“O evento comprova a internacionalização da UFMG, do Departamento de História e da Pós-Graduação em História, que têm-se tornado referência pelo reconhecimento de suas pesquisas”, conclui Eduardo França Paiva.

Auto-avaliação de servidores vai até 30 de dezembro

Os servidores efetivos da UFMG têm até 30 de dezembro para participar do Programa de Avaliação de Desempenho (PAD). O processo tem três níveis: a auto-avaliação do servidor, a avaliação da chefia imediata e a avaliação da equipe. O procedimento, realizado anualmente, pode resultar em progressão por mérito, que, a partir deste ano, passa a ser devida a cada 18 meses de exercício efetivo, e não mais a cada 24 meses. Para ter direito à progressão, além de cumprir o prazo, o servidor deverá obter média mínima de 70% na soma da auto-avaliação e da avaliação da chefia.

Todo o processo é feito pelo minhaUFMG (alojado na página www.ufmg.br). Os servidores respondem as questões em formulário eletrônico sobre suas próprias habilidades e produção, recebem conceitos de seus chefes e fazem, em conjunto, a avaliação do trabalho da equipe. As unidades deverão encaminhar os formulários com os resultados assinados pela chefia e pelo servidor para o Departamento de Desenvolvimento de Recursos Humanos (DRH).

Os documentos vão para a pasta funcional do servidor. Para os funcionários em lotação provisória, cedidos ou lotados em outro órgão, o DRH envia por e-mail os formulários de auto-avaliação e avaliação da chefia. Caso o servidor não concorde com o parecer da chefia, poderá, no prazo de 30 dias contados da data da conclusão de sua avaliação, interpor recurso ao Comitê Local de Avaliação de Desempenho.

O primeiro prazo de avaliação encerrou-se no dia 6 de novembro. Os servidores que se auto-avaliaram e foram avaliados pela chefia até aquela data terão progressão por mérito, caso tenham direito a ela, na folha de novembro (paga no segundo dia útil de dezembro). Quem participar da avaliação até 26 de novembro e tiver direito à progressão vai recebê-la na folha de dezembro (paga em janeiro). Mas o prazo permanece aberto até 30 de dezembro.

Mais informações no Departamento de Recursos Humanos (DRH) pelos telefones 3409-4491 e 3409-4593, ou pelo e-mail info@drh.ufmg.br.