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Nº 1682 - Ano 36
8.2.2010

Ministérios, agências e instituto
norte-americano garantem recursos

Iniciativa conjunta dos ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia e de sete fundações estaduais de amparo à pesquisa – do Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, São Paulo e Rio de Janeiro –, a Rede Malária foi lançada oficialmente no início de 2009. Edital do CNPq, com resultado divulgado em outubro passado, selecionou 16 projetos que atendem aos objetivos de promover a implantação e o fomento de uma rede inter-regional e interdisciplinar de pesquisas em malária, como subprograma temático do Programa de Apoio aos Núcleos de Excelência.

As propostas aprovadas serão financiadas com recursos federais no valor global de R$ 10 milhões, provenientes do Fundo Nacional de Saúde e do orçamento do CNPq, a serem liberados até 2011. Cada fundação estadual contribuirá com recursos próprios para viabilizar propostas desenvolvidas nos respectivos estados. O projeto também conta com financiamento do National Institutes of Health, dos Estados Unidos.

Um dos três professores da UFMG que coordenam projetos selecionados pelo edital, Ricardo Gazzinelli comenta que a Rede Genoma Brasileira apresentou recentemente o sequenciamento do genoma do mosquito Anopheles darlingi, principal vetor na América Latina do parasita Plasmodium vivax, causador da malária. “Com isso avançaremos rapidamente em muitas questões. A intenção é que essas informações sejam integradas à Rede Malária, principalmente com o grupo que trabalha na área de entomologia”, diz.

Segundo Gazzinelli, a Rede Malária elegeu quatro linhas de pesquisa prioritárias para o período de 36 meses inicialmente previsto no edital: entomologia e controle de vetores; área clínica, que visa à identificação de marcadores de severidade da doença (diagnóstico e prognóstico da malária), além do estudo de mecanismos básicos de resistência à infecção; desenvolvimento de drogas contra a doença, sobretudo a partir de produtos naturais; e resistência às drogas.

A participação da UFMG na Rede Malária se dá em três frentes: o grupo de pesquisa do professor Álvaro Eiras, do Departamento de Parasitologia do ICB, desenvolve pesquisas na área de entomologia; no desenvolvimento de produtos naturais e de drogas está o grupo coordenado pelas professoras Alaide Braga de Oliveira, do Departamento de Produtos Farmacêuticos da Faculdade de Farmácia, e Antoniana Ursine Krettli, da Fiocruz; já o grupo de pesquisa de Gazzinelli, que tem como vice-coordenadora a professora Luzia Helena Carvalho, também da Fiocruz, atua na parte clínica, trabalhando com resposta imune e biomarcadores de resistência.