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Nº 1729 - Ano 37
10.03.2011


Redes que PRESERVAM

Biblioteca Universitária usa ferramentas da internet para orientar sobre a correta utilização do acervo

Mayara Caldeira*

Foca Lisboa
Manuscrito
Funcionária trabalha no reparo de livro na biblioteca da Fale: vida útil prolongada

A partir desse semestre, a campanha de preservação do acervo das bibliotecas da UFMG terá uma nova aliada: a internet. Twitter, flickr, hotsite, mensagens por e-mail e teste on-line serão empregados com o objetivo de conscientizar a comunidade acadêmica da necessidade de utilizar o acervo de forma correta. Também serão distribuídos marcadores de livros e fôlderes nas bibliotecas e realizada uma exposição.

As atividades tiveram início com exposição, na Biblioteca Central, de obras danificadas pelos usuários, distribuição de material no saguão da Reitoria e lançamento do hotsite da campanha (www.bu.ufmg.br/presevacao). No endereço, os usuários podem acessar informações sobre as atitudes que devem ser evitadas, conferir todas as peças da campanha atual e das anteriores, fazer download do papel de parede e ainda avaliar o seu nível de conhecimento em um teste on-line sobre o manuseio dos materiais retirados das bibliotecas.

Durante todo o mês, mensagens com informações sobre procedimentos a serem adotados pelos usuários serão enviadas pelo Twitter. No Flickr, foi criada uma galeria de fotos de obras danificadas pelo uso indevido, e uma mensagem eletrônica será enviada por e-mail à comunidade acadêmica. “Em menos de cinco anos”, ressalta a Diretora do Sistema de Bibliotecas da UFMG, Maria Elizabeth de Oliveira Costa, “os sites de compartilhamento de imagens e conteúdo e as redes sociais se tornaram um dos principais fenômenos da internet. Inserir a discussão da preservação nesses meios significa ampliar o seu alcance, pois cada participante tem a possibilidade de ser um polo multiplicador”.

Em todas as unidades, os bibliotecários receberão os calouros para fornecer orientações sobre a importância da conservação do acervo, além de distribuir cartilhas e marcadores de livro com as atitudes a serem evitadas. Os bibliotecários também abordarão processos ligados à rotina das bibliotecas universitárias, como cadastro, responsabilidades dos usuários, modalidades de empréstimo, formas de renovação, reserva e consulta, além da cobrança de taxas.

Pequenos reparos

Para minimizar o processo de deterioração dos livros, a Biblioteca da Faculdade de Letras mantém, desde 2001, uma Oficina de Pequenos Reparos. Antes de serem guardados, os livros devolvidos passam por uma análise e, caso detectada a necessidade de conserto, são encaminhados para a Oficina.

Essa rotina, segundo a bibliotecária-chefe, Rosângela Costa Bernardino, tem a importância de prolongar a vida útil das obras. “A realização de uma intervenção constante nos livros danificados impede que ele se deteriore,” explica.

Entre as intervenções realizadas na Oficina estão atividades como limpeza das páginas, remendo, enxerto, reforço na lombada, costura simples, de caderno e espinha de peixe. Além disso, informações escritas a lápis são apagadas e, ao mesmo tempo, verifica-se se o livro está completo. Caso esteja faltando página, a biblioteca busca completá-lo para que não seja retirado do acervo.

Para que o usuário não fique prejudicado, os exemplares mais procurados têm prioridade. Além disso, quando o livro é encaminhado para o conserto, essa informação é disponibilizada on-line no sistema de consulta ao acervo. Se o aluno precisar da obra, ela é colocada como prioridade, e, dependendo da intervenção a ser feita, o aluno poderá voltar em 24 horas para buscá-la.

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*Jornalista da Assessoria de Comunicação da Biblioteca Universitária