Este ano, o Festival de Inverno da UFMG chega a sua 40ª edição se firmando como um dos mais importantes e tradicionais eventos culturais do país. Realizado em Ouro Preto no ano de 1967, o primeiro festival foi idealizado por professores da Escola de Belas-Artes e da Fundação de Educação Artística (FEA). A reportagem do site da UFMG colheu série de depoimentos desses pioneiros. Aqui, eles relembram os 41 anos de história desta importante movimentação cultural: Quando aconteceu o primeiro Festival de Inverno da UFMG, Maria Clara Paes Leme Pinheiro Moreira era diretora da Escola de Música da Fundação de Educação Artística. Para ela, um dos pontos principais foi o entrosamento existente entre as duas escolas para a realização do festival, que aconteceu em Ouro Preto. “Aquele festival representou um grande acontecimento, que deixou muita saudade. Hoje ele engrandece o nome de Minas e propaga a sua arte” lembra Maria Clara. Júlio Márcio Varella Caldeira foi secretário da área de música do primeiro festival. Ele vê com satisfação a homenagem que receberá nesta segunda já que trabalhou muito para o fortalecimento do festival. Ele se dedicou a todas as edições do evento até o ano de 1993. “O festival é um modelo no país e no exterior, tendo inspirado muitos outros festivais em Minas Gerais e em outros estados. Ao longo das 40 edições, o evento ganhou fama e muito reconhecimento, formando muita gente, além de ter dado apoio e incentivo para a criação de grupos que hoje possuem reconhecimento internacional, como o Galpão, Uakti, Giramundo e Corpo” afirma. Júlio Caldeira lembra com saudosismo das edições do evento na década de 1960 e 1970, quando o festival durava um mês. “Muitos alunos daquela época comentavam que aprendiam em um mês, o equivalente a um ano de aulas em escolas de arte. Com apenas duas semanas, o festival não rende a mesma coisa que antes. Aqueles anos eram fantásticos” afirma. Para José Adolfo Moura, professor aposentado da Escola de Belas Artes da UFMG, não só a homenagem que será prestada a ele e outros idealizadores da empreitada, mas a própria continuidade do festival são o prêmio e reconhecimento dos esforços para a realização da primeira edição há 41 anos. “O festival chegar na sua quadragésima edição é um reconhecimento não só do trabalho do primeiro festival, como pioneiro, mas do esforço dos outros festivais que trabalharam para manter essa manifestação, abrindo espaço para os jovens artistas renovarem o evento. Porque são eles que trazem essa renovação” conclui o professor. Leia mais sobre o evento: Documentário “emocional” marca lançamento do Festival de Inverno UFMG presta homenagem aos idealizadores do Festival de Inverno, em solenidade na Reitoria UFMG lança hoje programação da 40ª edição do Festival de Inverno Arte essencial orienta as áreas do Festival de Inverno 40º Festival de Inverno da UFMG volta às essências Site do 40º Festival de Inverno da UFMG está no ar Invernos, Ouro Preto, festivais
Artigo do professor José Tavares de Barros