Exposição Minas, memória moderna
Montada no campus Pampulha, a mostra revela as relações entre intelectuais e artistas da modernidade e um dos fundadores da política nacional de preservação do patrimônio cultural
Obras e manuscritos que revelam conexões entre intelectuais e artistas da modernidade brasileira e o trabalho do jornalista, advogado e escritor Rodrigo Mello Franco de Andrade compõem a exposição Minas, memória moderna, que será inaugurada neste domingo, 4, às 10h30, no campus Pampulha. A abertura integra a programação do Domingo no campus, em comemoração aos 95 anos da UFMG. A mostra estará em cartaz até 3 de novembro, no saguão da Reitoria, com visitação gratuita, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
Realizada pela Pró-reitoria de Cultura da UFMG (Procult) e pela Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade (FRMFA), a exposição reúne obras de arte, documentos, bilhetes e fotografias que pertencem ao acervo da Fundação e possibilitam entrever as interseções entre a biografia de Rodrigo – primeiro dirigente Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) – e a modernidade brasileira.
“As obras e documentos reunidos nesta exposição, provavelmente pela primeira vez exibidos em conjunto, pertencem à Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade, criada em 1970, cujos instituidores tinham o desejo de contribuir com a preservação do patrimônio histórico da cidade de Tiradentes, em Minas Gerais. Nada mais acertado do que ter o nome da Fundação como uma homenagem a um dos mais relevantes agentes da cultura brasileira no século 20, cuja trajetória é marcada pela defesa incansável do patrimônio histórico da cidade de Tiradentes e do país e sua promoção”, destaca a reitora da UFMG, Sandra Regina Goulart Almeida, em texto de apresentação da mostra.
À frente do órgão de 1937 a 1968, Rodrigo Mello Franco de Andrade participou do que ficou conhecido como a fase heroica do Iphan – além de trabalhar pelo fortalecimento da instituição, também foi necessário estabelecer uma série de medidas para preservar o patrimônio histórico e cultural do Brasil. Ele recebeu apoio e colaboração de importantes nomes brasileiros, entre os quais, alguns que figuram na exposição, como Guignard, Carlos Scliar, Edson Motta, Portinari e outros.
Drummond, Lúcio Costa, Burle Marx...
Além de obras desses artistas, também será possível ver manuscritos, bilhetes e projetos de Lúcio Costa, Carlos Drummond de Andrade, fotografias de cidades mineiras, sobretudo de Tiradentes, feitas nos anos 1960 e pertencentes ao Laboratório de Fotodocumentação Sylvio de Vasconcelos, bem como imagens de projetos paisagísticos feitos por Burle Marx para Tiradentes a pedido da FRMFA, pertencentes ao Instituto Histórico e Geográfico de Tiradentes.
“A Fundação reuniu, com base em doações, um acervo diversificado, hoje conservado em Tiradentes e em Belo Horizonte sob guarda do Espaço Acervo Artístico UFMG. Os itens reunidos nesta exposição revelam o caráter de trabalho, de obra em sentido lato, do impulso de modernização que marcava o Brasil entre as décadas de 1920 e 1960. Das muitas figuras que aparecem na mostra, Rodrigo é talvez a mais rotineira e menos aparente”, afirma Verona Segantini, presidente da FRMFA e coordenadora geral da exposição.
A Fundação
Recém-credenciada como fundação de apoio à cultura da UFMG, a Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade existe desde a década de 70, quando foi instituída com o objetivo de preservar imóveis e bens dotados de valor histórico, cultural e artístico em Tiradentes. Em 1997, a presidência do Conselho Curador da FRMFA foi transferida para a UFMG, que passou a contribuir de forma sistemática para a recuperação e conservação do patrimônio da cidade, que congrega um registro histórico singular e de fundamental importância para a compreensão da identidade e da memória nacional.
Abertura: 4 de setembro (domingo), às 10h30
Visitação até 3 de novembro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h
Local | saguão da Reitoria da UFMG (Av. Antônio Carlos, 6.627)
Entrada gratuita
[Com Assessoria de Comunicação da Procult]