Futuro, essa palavra

Data: 12 de setembro

Hora: 19h30

Local: Auditório da Reitoria

As manifestações da cultura popular são parte fundamental dos modos de pensar, sentir e agir de um povo, e estão presentes em seus contextos socioculturais historicamente construídos, em infindáveis e imprevisíveis configurações dos constantes encontros de culturas. No caso do Brasil, verificamos que a sua grande diversidade cultural se deve especialmente por influência europeia na concepção do calendário das mais conhecidas festas tradicionais do país, e pela marcante presença africana e ameríndia nos ritmos, movimentos e gestos que proporcionam muitas danças e singulares festividades.  Duas décadas depois da concepção de Dança Brasil! Festas e Danças Populares, apresentamos o espetáculo: NOS PASSOS DO GRUPO SARANDEIROS: 40+2 anos de histórias. Na construção deste espetáculo destacamos algumas das principais danças realizadas pelo grupo, nas últimas duas décadas de existência.

O Sarandeiros, anteriormente denominado Grupo de Dança experimental da Escola de Educação Física da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG – nasceu em 1980, coordenado pelas professoras Vera Soares e Marilene Lima, para alunos do curso de Educação Física. Em 1987 passou a se chamar Grupo Sarandeio e apresentava uma produção artística basicamente de danças internacionais, com apresentações no âmbito da universidade. Com a aposentadoria das duas professoras em 1995, o grupo retomou os trabalhos em 1997, com a chegada do professor Gustavo Côrtes que, com novas ideias e propostas, ampliou o acesso ao grupo, abrindo as atividades do Sarandeio para pessoas de fora da universidade, transformando-o em um grande projeto de extensão universitária. Desde então, o trabalho assumiu diferentes perspectivas, mantendo seu viés acadêmico e extensionista e ampliando sua atuação na cena artística e cultural municipal, estadual, nacional e internacional. As mudanças foram decorrentes de um fazer artístico em constante devir, tendo sempre como local privilegiado a cultura popular através das danças do Brasil, reconhecendo o valor dos saberes tradicionais, e dos modos de expressão de seus povos.

Nosso foco de ação é centrado na divulgação do trabalho artístico desenvolvido pelo Grupo na UFMG no sentido de trazer o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da Cultura Brasileira, através da divulgação e valorização das manifestações culturais do Brasil, realizado pelo trabalho artístico do Sarandeiros, e das aulas espetáculos promovidos pelos responsáveis pelo projeto Escola de Dança, Cultura e Ritmo Sarandeiros. De acordo com a Constituição brasileira, em seu artigo 215, “O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional.” Neste sentido, o Sarandeiros tem contribuído com a divulgação de danças de matrizes indígenas e afro-brasileiras pelo Brasil e no exterior, auxiliando no processo civilizatório e na valorização da cultura nacional, no processo de formação cidadã de nossa sociedade, seja participando dos diversos projetos que o grupo executa em escolas e na Universidade, seja pela contemplação de nossos espetáculos..

As obras do grupo sempre se ancoraram em uma prática de pesquisa cuidadosa e rigorosa, o que possibilitou provocar, tanto na academia quanto no público, reflexões importantes sobre a nossa diversa e controversa cultura popular. Com uma produção cultural intensa, 16 turnês internacionais e uma participação ativa no Brasil e no exterior, o Sarandeiros se consolidou com o apoio da UFMG e da Pró-reitoria de Extensão, como um dos maiores e melhores grupos de danças brasileiras no país, através de um trabalho exemplar de pesquisa e divulgação das manifestações populares nacionais.

Nesta apresentação serão abordadas algumas danças as quais o processo de criação artística fora baseado nas manifestações de origem indígenas e africanas no Brasil. Cada dança nos permite compreender as diferentes formas dos trabalhos coreográficos executados pelo grupo, sempre em diálogo constante com novos processos metodológicos de criação, elaborados a partir das experiências práticas e da profunda pesquisa de movimentos. Com 50 Dançarinos em cena e 4 músicos que executam ao vivo as músicas do espetáculo, com a Direção Geral de Gustavo Côrtes, Direção Artística de Petrônio Alves, a Direção Musical de Tatá Sympa, coordenação de ensaios Gerson Júnior e Luiza Rallo, e preparação Física de Diego Marcossi e Mariana Morais, o Sarandeiros presta sua homenagem aos 95 anos da UFMG, divulgando e valorizando a cultura nacional,

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