Dissertação aponta alternativas
para aprimorar turismo em Minas
que
é que Minas Gerais tem? Tem montanhas, cidades históricas, arte
barroca e, agora, um projeto inovador para o melhor aproveitamento do vasto
potencial turístico do Estado. Desenvolvida por Cláudia Freitas
Magalhães em sua dissertação de mestrado, defendida em
novembro junto ao departamento de Geografia do IGC, a proposta apresenta uma
concepção participativa de turismo, que busca o envolvimento
da comunidade no planejamento e execução das políticas
do setor. "Os órgãos responsáveis pelo implemento
do turismo no país, em parceria com as empresas de consultoria especializadas,
planejam projetos mirabolantes mas inconseqüentes, pois não se
preocupam em conhecer as características de cada localidade onde a
intervenção se dará", critica a pesquisadora.
Segundo
ela, ouvir a comunidade é fundamental para que o turismo seja uma atividade
responsável, geradora de benefícios para todos e não
comprometedora do meio ambiente. Cláudia Magalhães afirma que,
com a fórmula atual, alguns poucos empresários ganham muito
dinheiro, e grande parcela da população resume-se a receber
quantias minguadas dos gastos dos turistas. Para reverter essa situação,
de acordo com a pesquisadora, deve ser feito um diagnóstico mais abrangente
das políticas de turismo. O inventário deve conter avaliações
e classificações rigorosas dos recursos do município,
além de trabalhar com uma concepção preservacionista
do espaço e interpretar suas atrações. "É
preciso ainda adotar um conceito de capacidade de carga dos atrativos e promover
um mapeamento turístico dentro dos princípios da semiologia
gráfica", aponta Cláudia Magalhães.
A pesquisadora adverte, entretanto, que é incorreto imaginar o turismo como salvador da pátria, algo que pode resolver os mais diversos problemas. "Mesmo assim, na história recente do Brasil, assistimos à apologia dessa versão", diz. Em sua pesquisa, Cláudia mostra que, nos últimos cinco anos, foram criados diversos programas destinados a incentivar o turismo, mas que não consideraram as fases que devem complementar o planejamento turístico. "Apenas o valor econômico do espaço foi considerado, sendo desprezada a participação da comunidade".
Como
resultado da aplicação da proposta de Cláudia Magalhães,
os órgãos governamentais poderão ter uma visão
mais realista do turismo e também novas formas de incentivá-lo
e implementá-lo em localidades vocacionadas. "O diagnóstico
atual focaliza a totalidade do espaço turístico e sócio-econômico,
com o objetivo de avaliar todos os aspectos que, direta ou indiretamente,
contribuem para o desenvolvimento do turismo, procurando estabelecer uma postura
mais realista e crítica quanto à
capacidade
potencial, social e econômica do município".
Mapa turístico
A pesquisa de Cláudia Magalhães, cuja base empírica foi a cidade de Catas Altas, preocupou-se também em produzir uma nova semiologia para os mapas turísticos. Ela elaborou dois mapas. Um com o roteiro turístico interpretativo, onde estão os diversos pontos turísticos da cidade ligados por um fio a breves explicações sobre eles. No outro, através de ícones, Cláudia aponta todos os atrativos turísticos do município e os meios de se chegar até eles."Criei uma nova iconografia para remeter facilmente ao ponto turístico, retirei do mapa antigo informações parasitas e incorporei uma tipologia por meio de cores", detalha a pesquisadora. Com isso, ela tornou mais fácil e rápida a identificação dos pontos turísticos.
Dissertação: Organização do espaço turístico de municípios mineiros: uma proposta metodológica
Autora: Cláudia Freitas Magalhães
Defesa: novembro, junto ao Departamento de Geografia do IGC
Orientador: Marcos Roberto Moreira Ribeiro
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