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Nº 1561 - Ano 33
18.12.2006

UFMG homenageia autoridades da área de Saúde

Ministro Agenor Álvares e professor Francisco Campos
apoiaram projetos acadêmicos de relevância social

eformas na Unidade Funcional de Patologia e Medicina Laboratorial e no Pronto-Atendimento do Hospital, ambas financiadas pelo Ministério da Saúde, são exemplos de projetos que saíram do papel graças ao apoio do ministro Agenor Álvares e do professor Francisco Campos, secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Por causa desse empenho, os dois, que são ex-alunos da UFMG, foram homenageados pelo reitor Ronaldo Pena em cerimônia realizada no último dia 7. As duas obras, cujos recursos foram liberados em agosto e novembro deste ano, respectivamente, estão orçadas em R$ 3 milhões.

Segundo o reitor Ronaldo Pena, a homenagem reconhece o esforço empreendido em favor da melhoria das condições de saúde no Brasil. “Uma universidade pública serve à sociedade. Prestar homenagens a pessoas como vocês é a forma que encontramos de atualizar essa ação”, comentou.

Professor da Faculdade de Medicina, Francisco Campos destacou iniciativas da Instituição no suporte ao trabalho do Ministério. “A UFMG foi uma das universidades que mais contribuíram com programas de saúde no Brasil”, lembrou. Ao agradecer a homenagem, o ministro Agenor Álvares disse que UFMG e Ministério da Saúde têm o mesmo objetivo: construir um sistema de saúde universal e de qualidade.

Além das reformas, também contaram com recursos do Ministério o projeto de reprodução humana do HC, a aquisição de equipamentos de Raios X da mesma Unidade e o Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico (Nupad), da Faculdade de Medicina. “Nas duas últimas gestões do Ministério da Saúde, ou seja, com os ministros Saraiva Felipe e Agenor Álvares, a UFMG recebeu apoio significativo, que possibilitou a concretização de projetos de grande relevância social e forte impacto nas atividades acadêmicas”, destaca a professora Cecília Nogueira, diretora de Relações Institucionais da UFMG.

Veículos
Durante a cerimônia de homenagem, a UFMG recebeu as chaves de sete veículos que serão usados nas atividades da disciplina Internato Rural da Faculdade de Medicina e escolas de Odontologia e Enfermagem. As aquisições foram feitas com recursos do Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde), lançado em novembro de 2005, numa ação conjunta dos ministérios da Saúde e Educação e Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e Organização Mundial da Saúde (OMS).

“O objetivo central do Pró-Saúde, inspirado na experência do Internato Rural da Faculdade de Medicina, é a inserção da academia no serviço público de saúde, formando profissionais capazes de atender às necessidades da população”, explica o professor Geraldo Cunha Cury, coordenador nacional do Pró-Saúde e do Internato Rural da Faculdade de Medicina da UFMG.

Após o lançamento oficial, o Pró-Saúde publicou edital nacional e selecionou 90 cursos de Enfermagem, Medicina e Odontologia, incluindo os três da UFMG. Essas áreas foram escolhidas para favorecer a inter-relação com o Programa Saúde da Família. Entre os critérios adotados para a distribuição de veículos, o principal foi a atuação dos cursos em cidades fora de suas sedes e de regiões metropolitanas ou a realização de trabalhos nas regiões do Vale do Jequitinhonha, Norte e Nordeste do Brasil.

Foca Lisboa

Veículos serão usados nas atividades do Internato Rural



Na UFMG, os alunos do último período cursam obrigatoriamente a disciplina Internato Rural, residindo durante algum tempo em cidades do interior do estado, onde atuam junto às secretarias municipais de Saúde, sob a supervisão de professores. “As caminhonetes são um investimento extremamente importante em uma disciplina que dá ao aluno a vivência no serviço público”, ressalta a professora Andrea Palmier, coordenadora do Internato Rural da Faculdade de Odontologia da UFMG. Ela lembra que os docentes precisam visitar os grupos de alunos quinzenalmente, percorrendo enormes distâncias para chegar a municípios do Vale do Jequitinhonha e a outros como São João das Missões, a 700 quilômetros de Belo Horizonte. Dos sete veículos, três irão para o Internato da Faculdade Medicina, dois para o da Enfermagem e dois para o da Odontologia.

Além dos veículos, o Pró-Saúde deve repassar, a cada um dos três cursos da UFMG, recursos que ultrapassam a cifra de R$1 milhão, a serem aplicados em projetos que valorizam a inserção do aluno com o serviço público de saúde.

Segundo o professor Cury, o distanciamento entre o mundo acadêmico e o da prestação real dos serviços de saúde vem sendo apontado em todo mundo como um dos responsáveis pela crise do setor. “O Brasil tem uma notável experiência de aproximação entre a academia e os serviços, mas ela ainda está muito aquém do que seria necessário. Projetos experimentais vinculados às escolas de medicina, odontologia e enfermagem devem se expandir, tornando-se o centro do processo de ensino-aprendizagem”, reforça Cury.