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Nº 1723 - Ano 37
13.12.2010
Foto: Felipe Zig |
Os jardins do Conservatório UFMG voltam a se transformar em palco, na próxima segunda-feira, dia 20, a partir de 19h, de um dos mais tradicionais eventos de fim de ano em Belo Horizonte. O concerto de natal que movimenta a avenida Afonso Pena, no centro da capital, reunirá a Orquestra de Câmara Opus, o Coral Infanto-Juvenil do Palácio das Artes e o Grupo Folclórico Aruanda. Gratuito e aberto ao público, o concerto comemora, ainda, os 10 anos de restauração do prédio do Conservatório, antiga sede da Escola de Música da UFMG.
Depois de passar por uma manutenção, o principal símbolo natalino da UFMG já está aberto à visitação no Museu de História Natural e Jardim Botânico (MHNJB) ao longo de dezembro: o Presépio do Pipiripau (foto), formado por 586 figuras móveis distribuídas em 45 cenas que dão vida à história de Jesus Cristo, desde o seu nascimento à ressurreição. Patrimônio de Belo Horizonte, essa criação do artesão Raimundo Machado Azevedo (1894-1988) ainda encanta pessoas de diversas gerações.
O presépio, cuja montagem começou em 1906, mistura, além da trajetória de Cristo, imagens do cotidiano de Raimundo e da história da cidade. O laguinho, a igreja, o sanfoneiro e a fonte luminosa lembram cenas da vida e infância de Raimundo, como a Praça Raul Soares, o Parque Municipal e a Igreja de Matozinhos, cidade onde nasceu.
Pipiripau era o nome dado à região em que Raimundo morava, onde fica o bairro Sagrada Família. Durante muito tempo, as sessões ocorriam na própria casa de Raimundo. O Presépio foi incorporado à UFMG em 1983, mas desde 1976 já funcionava no MHNJB. Recebe cerca de 10 mil visitantes na época do Natal e 70 mil por ano.
Nessa época, o Pipiripau funciona em cinco sessões diárias, de terça a domingo, no Museu de História Natural e Jardim Botânico (rua Gustavo da Silveira, 1035 – Santa Inês). Mais informações pelo telefone (31) 3409-7607.
Diferentemente de anos anteriores, a Cantata da Faculdade de Medicina não tem motivo natalino. Em comemoração ao centenário da Unidade e aos 40 anos da Unimed, está programada a apresentação da Cantata Carmina Burana, nos dias 16 e 18 de dezembro, quinta e sábado, às 20h, no Teatro Oromar Moreira do Centro de Convenções da Associação Médica de Minas Gerais. A maestrina e professora da Escola de Música Iara Fricke Matte regerá coro com mais de 60 vozes, um coral infantil com 20 integrantes, além de percussionistas, pianistas e solistas vocais.
Carmina Burana foi escrita por Carl Orff em 1936. Seu nome alude a um conjunto de canções escritas por monges e eruditos na Idade Média que, na época, abordavam temas profanos – fortuna, vício, amor, sexualidade – e eram combatidos pela Igreja. “É uma obra de grande sensibilidade e, para nossa época, as canções são sutis”, comenta João Gabriel Marques da Fonseca, um dos pianistas que se apresentarão na cantata e também professor da Faculdade de Medicina.
Tais canções, escritas em latim medieval, romanço e alemão arcaico, somente vieram a público no século 19. Carl Orff escolheu 23 das 200 canções e as orquestrou, mantendo o texto original, para que fossem executadas por vários instrumentos de percussão, orquestra, dois coros e três solistas. Mais tarde, o compositor criou nova versão substituindo a orquestra por dois pianos.
Os convites para as duas apresentações poderão ser retirados entre os dias 9 e 15 de dezembro, na Assessoria de Comunicação Social (ACS) da Faculdade de Medicina, sala 5 do térreo, das 9h às 11h, e das 13h às 17h. Outras informações pelo telefone (31) 3409-9651.