Segundo os dicionários de língua portuguesa, o termo urbanidade está associado ao sentido de solidariedade e afetividade entre os cidadãos, também remete aos costumes, comportamentos e práticas cotidianas que compõem a vida coletiva e compartilhada nas cidades. Urbanidade é o urbano compartilhado, negociado e experimentado cotidianamente desde suas dimensões mais prosaicas – o caminhar pela calçada, o debruçar na janela, o cumprimento dos vizinhos – até aquelas mais complexas – a arte dos grafites e dos painéis em empenas, a poesia nos muros, a musica em suas mais variadas expressões, o carnaval e a festa.
A Mostra é uma proposta de diálogo, conexão, interlocução e compartilhamento entre cidadãs e cidadãos de Belo Horizonte seja a partir da produção material e imaterial acumulada nos diversos territórios (Centros Culturais), na academia (UFMG), ou decorrente do encontro entre esses saberes, de maneira a potencializar a dimensão urbana recentemente atravessada e desmaterializada pelo isolamento social.
É preciso resgatar os gestos e afetos cotidianos expressos nas narrativas dos cidadãos urbanos. É urgente retomar nossa urbanidade.
Por isso, a partir de Dezembro de 2020 deixamos a Cidade à Mostra. A ideia foi trazer a urbanidade para a cidade, compartilhar as singularidades traduzidas nas produções da Universidade e dos Centros Culturais da PBH com o público, que pôde participar de sua janela, varanda, praça, calçada, computador, celular, e de onde puderam se conectar.