Palestras

  • Vozes (in)audíveis: sussurros e gritos de mulheres negras

    DIA 21/2 – TERÇA-FEIRA - 10h
    Local: Conservatório UFMG - miniauditório
    Público: interessados no tema
    Entrada franca

    Nossa apresentação busca exemplos de falas afirmativas do sujeito mulher-negra em suas construções do poder-dizer. Sussurros e gritos ilustram a fala-corpo dessas mulheres, que em busca do poder-dizer entoam gemidos, sussurros, orações, blasfêmias, cânticos, discursos pedagógicos e políticos. Esses sussurros e gritos, como signos de impertinência de um corpo-mulher-negra, tendem a fraturar o corpo de uma fala oficial que se pretende modelar e única.

    Palestrante
    Conceição Evaristo (RJ) - Doutora em Literatura Comparada/UFF, autora dos romances “Ponciá Vicêncio” (traduzido para a língua inglesa, francesa e espanhola) e “Becos da memória” (traduzido para a língua francesa); dos livros de contos “Insubmissas lágrimas de Mulheres”, “Olhos d’água” e “Histórias de leves enganos e parecenças”; da antologia “Poemas da Recordação e outros movimentos”, participante da série “Cadernos Negros”; e de antologias estrangeiras, dentre as quais “Schwarze prosa e Schwarze poesie” (Alemanha), “Fourteen female voices from Brazil” (Estados Unidos) e “Chimurenga People” (África do Sul).

  • Ela postou, eu não vi: lógicas de visibilidade e invisibilidade em rede

    DIA 21/2 – TERÇA-FEIRA - 11h
    Local: Conservatório UFMG - miniauditório
    Público: interessados no tema
    Entrada franca

    Lógicas de visibilidade e invisibilidade em ambientes digitais, mediação por algoritmos, personalização, bolha de filtros, circulação restrita e ampliada. Serão demonstrados exemplos de páginas com recorte de gênero e sexualidade. Em outras palavras: a palestra esclarece como funcionam o seu Facebook, YouTube e Twitter; de que forma selecionam o que aparece para você; por que a selfie do seu amigo ganha mais destaque do que as tragédias na África; como páginas LGBT e feministas lidam com essas limitações.

    Palestrante
    Joana Ziller (UFMG) – Professora do Departamento de Comunicação Social da UFMG, pesquisadora do Núcleo de Conexões Intermidiáticas do Centro de Convergência de Novas Mídias da UFMG e do Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT.

  • A importância das infecções pelos Arbovírus (Dengue, Zica e Chikungunya) no Brasil

    DIA 22/2 – QUARTA-FEIRA - 10h
    Local: Conservatório UFMG - miniauditório
    Público: interessados no tema
    Entrada franca

    Discutir a importância das infecções Dengue, Zica e Chikungunya e como o Brasil tem contribuído para o entendimento sobre elas e para a solução do problema.

    Palestrante
    Mauro Teixeira (UFMG) – Graduado em Medicina pela UFMG (1990), com doutorado em Imunofarmacologia pela University of London (1994). É professor titular do Departamento de Bioquímica e Imunologia da UFMG, pesquisador 1A do CNPq, membro da ABC, da Ordem Nacional do Mérito Científico e Tecnológico e da Academia Mundial de Ciências (TWAS). Membro do corpo editorial de revistas como " Pharmacology & Therapeutics (Oxford). É coordenador do INCT em dengue e da Rede Pronex em Dengue (CNPq). Atua na área de inflamação, especialmente tentando compreender a relevância e os mecanismos moleculares da resposta inflamatória durante doenças infecciosas e autoimunes. É vice-presidente da ABC e membro da CCVISA.

  • A exclusão sanitária como causa e consequência da invisibilidade de populações rurais

    DIA 22/2 – QUARTA-FEIRA - 11h
    Local: Conservatório UFMG - miniauditório
    Público: interessados no tema
    Entrada franca

    Uma forma de invisibilidade é representada pela exclusão sanitária ou negação do direito humano ao abastecimento de água e ao esgotamento sanitário. Particularmente na extensa área rural brasileira, de diferentes modos de vida, culturas e saberes, revela-se, sob óticas diversas, a invisibilidade, seja pela desconsideração de práticas consolidadas ou por se ignorar demandas específicas. Pretende-se destacar o perfil dos excluídos e as formas de exclusão às quais estão sujeitos, situando-os no contexto das relações de classe, de gênero, de dominadores e dominados, tendo como referencial as relações estabelecidas entre esses indivíduos e o ambiente em que habitam.

    Palestrante
    Sonaly Rezende (UFMG) – Professora do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFMG, Engenheira Civil, mestre em Saneamento (SMARH UFMG) e doutora em Demografia (Cedeplar-UFMG). Atua em pesquisas na linha de políticas públicas em saneamento, com especial interesse nas diferentes formas de gestão de serviços e soluções.

  • Periferia, culturas e religiosidades

    DIA 23/2 – QUINTA-FEIRA - 10h
    Local: Conservatório UFMG - miniauditório
    Público: interessados no tema
    Entrada franca

    Compreender as periferias dos centros urbanos como locais de culturas e de produção social; articular periferia e centro como elementos indissociáveis, fruto de desenvolvimento desigual e combinado; compreender os modos de produção da periferia como sendo ativamente não existente; articular a expansão das religiosidades pentecostais e neopentecostais nas periferias dos centros urbanos às condições sócio-históricas desses locais.

    Palestrante
    Heli Sabino Oliveira (UFMG) Doutor e mestre em Educação pela UFMG. Licenciado em História pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Belo Horizonte (FAFI-BH). Professor Adjunto da Faculdade de Educação da UFMG. Atuou como professor de História na Educação Básica entre os anos de 1990 e 2016.

  • Religião de matriz africana

    DIA 23/2 – QUINTA-FEIRA - 11h
    Local: Conservatório UFMG - miniauditório
    Público: interessados no tema
    Entrada franca

    Esclarecimentos básicos sobre Reinado.

    Palestrante
    Pedrina de Lourdes Santos (BH) - Considerada a primeira capitã de Moçambique do Estado de Minas Gerais, tem 55 anos, 44 deles participando da Festa de Nossa Senhora do Rosário, e 36 como capitã da Guarda de Moçambique de Nossa Senhora das Mercês. Nascida na cidade de Oliveira/MG, começou a dançar e tocar aos 11 anos de idade, quando seu pai, o capitão Leonídio dos Santos, não conseguiu reunir o número de homens suficientes para sair às ruas e permitiu que ela e outras jovens saíssem no terno. Desde então, Pedrina permanece na manifestação, e com a morte do pai, em 1980, assumiu junto com seu irmão, Antônio, a capitania da Guarda. Em 2005, no ano do Brasil na França, participou de manifestações culturais representativas da identidade nacional apresentadas naquele país. Em 2011, prestou consultoria à Rede Globo (novela “Cordel Encantado”). Participou do Seminário “África Diversa”, realizado anualmente pela Secretaria Municipal de Cultural do Rio de Janeiro. Pedrina participou também do coletivo “cantares afro-brasileiros”, dentro do Festival de Inverno da UFMG.