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O ser humano em primeiro lugar

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019, às 11:54

Formação mais humanista garante profissionais mais conscientes e responsáveis

Em 1720, eclodia em Minas Gerais a Revolta de Vila Rica, um protesto de caráter nativista contra a opressiva política de cobrança de impostos e o controle do comércio de ouro pela Coroa Portuguesa. Trezentos anos se passaram, mas a situação sócio-econômica da população carente de áreas de Ouro Preto parece se manter inalterada.

A constatação de que, em alguns aspectos, muito pouco se avançou nos últimos 3 séculos foi trazida a debate pela reitora da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Cláudia Marliére, durante a 2 a Conferência Internacional das Humanidades, realizada entre 9 e 11 de dezembro na UFMG.

“Essa desigualdade, essa disparidade de renda, a falta de políticias públicas, isso nos faz parar para pensar como se passam 300 anos numa sociedade e como o que se conquistou foi muito pouco”, afirma e reitora, concluindo: “É complicado ver que a população ainda vive nessa marginalidade”.

Segundo a reitora, a solução real de problemas que se arrastam há séculos no Brasil passa por uma formação mais humanista nas universidades, capaz de gerar profissionais mais conscientes e responsáveis com a vida humana. Ela conversou com a TV UFMG sobre temas como desigualdades, luta por direitos e esperança. Assista:

Equipe: Luciana Julião (produção, reportagem e edição de conteúdo); Ângelo Araújo (imagens); Marcelo Duarte (edição de imagens).